Médica acusada de mandar matar o marido é encontrada morta em presídio de Sergipe
Horas após retornar à unidade prisional, Daniele Barreto foi achada sem vida; perícia confirma enforcamento e descarta agressões, enquanto processo contra outros réus prossegue
A médica Daniele Barreto, de 46 anos, acusada de envolvimento na morte do marido, o advogado criminalista José Lael Rodrigues Júnior, de 42 anos, foi encontrada morta na tarde de terça-feira, 9 de setembro de 2025, no Presídio Feminino de Nossa Senhora do Socorro, em Sergipe. A informação foi confirmada pelo advogado dela, Fábio Trindade, e pela Secretaria de Justiça de Sergipe (Sejuc), que apontou sinais aparentes de suicídio.
A Polícia Científica de Sergipe concluiu, nesta quarta-feira, 10 de setembro, que a causa da morte foi enforcamento, descartando qualquer sinal de agressão por terceiros. Exames toxicológicos ainda serão realizados para verificar a presença de substâncias no organismo. O corpo de Daniele foi velado em Nossa Senhora do Socorro, e as circunstâncias da morte seguem sob investigação pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Daniele havia participado de uma audiência de custódia no Fórum Gumersindo Bessa, em Aracaju, na manhã do mesmo dia, onde foi determinado que ela receberia acompanhamento médico no presídio. A defesa alegou que a médica sofria de Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), e ela estava internada em uma clínica psiquiátrica desde 1º de setembro de 2025, após a revogação de sua prisão domiciliar pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no final de agosto. “Daniele foi retirada de um tratamento, já constava nos autos, que era um tratamento por tempo indeterminado”, afirmou o advogado Fábio Trindade sobre a transferência da clínica para o presídio. Em entrevista, o advogado revelou que Daniele havia alertado à juíza que se mataria caso retornasse à prisão. “Eu avisei que ela ia se matar”, disse Trindade, emocionado.
A médica foi presa em 12 de novembro de 2024, junto com outras seis pessoas suspeitas de participação no assassinato de Lael Rodrigues, ocorrido em 18 de outubro de 2024, na Zona Sul de Aracaju. Na ocasião, dois homens em uma motocicleta dispararam contra o carro onde o advogado estava com o filho. Lael foi atingido por três tiros e não resistiu, enquanto o filho, baleado uma vez, sobreviveu após dirigir até um hospital particular.
Investigadores apontam que Daniele teria informado a localização das vítimas aos executores, após o marido e o filho saírem para comprar açaí a pedido dela. Imagens de câmeras de segurança mostram a amiga e a secretária da médica conversando com os suspeitos cerca de 1h30 antes do crime, em um carro alugado pela amiga.
Após um período na delegacia de Aracaju, Daniele foi transferida para o Presídio Feminino em 10 de janeiro de 2025. Em maio de 2025, sua prisão foi convertida em domiciliar com tornozeleira eletrônica, mas revogada pelo STF em agosto. No dia 1º de setembro, ela passou mal e foi internada na clínica psiquiátrica, um dia após a decisão judicial. Em 6 de setembro, parte da equipe de defesa se retirou do caso por inadimplência contratual.
O Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE) informou que a morte de Daniele não encerra o processo, que continuará para os demais acusados. A Sejuc também apura o vazamento de fotos da médica no presídio, ocorrido após sua morte. O caso, conhecido como "Caso Lael", ganhou repercussão nacional e continua a ser acompanhado por redes sociais e veículos de imprensa, com debates sobre saúde mental em contextos prisionais e a efetividade do sistema judiciário.
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