Maior apreensão de ouro da história do Amazonas: Policiais envolvidos em extorsão são presos em flagrante
Operação da Rocam desmantela esquema de R$ 45 Milhões com ouro Ilegal da Venezuela; Corrupção interna choca autoridades estaduais
Na noite de quarta-feira (29 de outubro de 2025), a Polícia Militar do Amazonas realizou a maior apreensão de ouro da história do estado, com 77 barras totalizando 72,6 quilos, avaliadas em aproximadamente R$ 45 milhões. A ação, conduzida por equipes das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam), resultou na prisão em flagrante de seis pessoas, incluindo dois policiais militares e um policial civil, suspeitos de extorsão e tentativa de roubo do carregamento ilegal, originário da Venezuela.
A operação teve início após uma denúncia anônima recebida pelo Disque Denúncia 190, que alertava sobre uma família mantida refém em uma residência no bairro Parque Dez de Novembro, Zona Centro-Sul de Manaus, próximo ao 23º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Ao chegarem ao local, os agentes da Rocam foram recebidos por dois policiais militares e um policial civil, que exibiam comportamento suspeito. Dentro da casa, encontraram quatro vítimas amarradas no chão: um casal proprietário do imóvel e dois homens envolvidos na negociação do ouro.
De acordo com o comandante da Rocam, tenente-coronel Renan Carvalho, o esquema foi descoberto durante a averiguação: “Havia sete pessoas na casa, sendo os três policiais, dois homens de identidade não divulgada e um casal dono do imóvel onde estava guardado ouro ilegal vindo da Venezuela. O marido negociava o ouro com dois homens quando os três policiais chegaram ao local. Não se sabe como eles receberam a informação sobre o ouro na casa. Os agentes renderam os homens e a mulher, os amarraram e planejavam roubar o ouro”. A esposa de um dos suspeitos, proprietária da residência, foi conduzida à delegacia como testemunha.
Os três policiais e os demais três homens – identificados preliminarmente como participantes da negociação, incluindo um chamado Felipe Pinto – foram detidos por extorsão e associação criminosa. O material apreendido incluiu, além do ouro, dois veículos adaptados para o transporte: um Volkswagen Tiguan preto, placa FOF-3A58, blindado, e um Volkswagen T-Cross branco, placa TED-7E35, com fundo falso no tanque de combustível para ocultar a carga.
Outros itens confiscados foram cinco armas de fogo (uma carabina calibre 9 mm com dois carregadores, duas pistolas calibre 9 mm com três carregadores, uma pistola Beretta calibre 9 mm com um carregador e uma pistola Taurus com um carregador), 119 munições calibre 9 mm intactas, 13 munições calibre .40 intactas, dois coletes balísticos, oito celulares, uma algema, um coldre velado, R$ 2.150 em espécie e cinco dólares americanos.
Todo o material foi encaminhado à sede da Superintendência da Polícia Federal em Manaus para perícia e análise. A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), por meio do secretário Vinicius Almeida, destacou a gravidade do caso: a apreensão representa um marco no combate ao crime organizado na região, especialmente ao garimpo ilegal e ao tráfico de ouro transfronteiriço.
O comandante-geral da Polícia Militar do Amazonas, coronel Klinger Paiva, anunciou medidas imediatas: “A corporação já acionou o delegado-geral da Polícia Civil e que um inquérito policial será instaurado. Segundo ele, a Polícia Federal também vai abrir investigação para apurar a participação de outros possíveis servidores públicos no esquema”. A Corregedoria da SSP-AM foi ativada para acompanhar o processo disciplinar contra os policiais envolvidos, com o coronel Paiva reforçando que “a instituição não compactua com esse tipo de conduta”.
Especialistas em segurança pública consultados por veículos como o D24AM e o Portal do Holanda apontam que o caso expõe vulnerabilidades na fiscalização de rotas de contrabando na Amazônia, onde o ouro ilegal financia redes de lavagem de dinheiro e violência. A investigação da PF deve aprofundar conexões com garimpos clandestinos na Venezuela e possíveis ramificações em outros estados da região Norte.
Esse episódio reforça a necessidade de reformas na estrutura de controle interno das forças de segurança, em um estado que registra aumento de 15% em crimes relacionados a minerais preciosos nos últimos dois anos, segundo dados da SSP-AM divulgados em relatórios recentes.
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