Lula garante reconstrução da BR-319 com equilíbrio ambiental e preservação da floresta
Presidente afirma que obra conectará Porto Velho e Manaus, mas prioriza acordo com ambientalistas para evitar desmatamento e invasões
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou o compromisso do governo federal com a reconstrução da BR-319, rodovia que liga as capitais de Rondônia e Amazonas, enfatizando a necessidade de um equilíbrio entre desenvolvimento infraestrutura e preservação ambiental. Em entrevista concedida à Rede Amazônica em Brasília na segunda-feira, 8 de setembro de 2025, Lula declarou: “Vamos fazer a BR-319, eu posso te garantir. Mas vamos fazer de comum acordo com os ambientalistas, com aqueles que precisam da estrada e, sobretudo, para atender duas capitais que não podem ficar isoladas como Porto Velho e Manaus”.
Inaugurada em 1976, a BR-319 possui 885,9 quilômetros de extensão, com 821 km em território amazonense e 64,9 km em Rondônia. Ela representa o único acesso terrestre entre o Amazonas e o restante do Brasil, beneficiando também municípios como Humaitá, Lábrea e Manicoré. No entanto, há mais de três décadas, extensos trechos sem pavimentação impedem o tráfego fluido, agravados por exigências ambientais que travam as obras definitivas. Lula destacou a prioridade em manter o equilíbrio: “Não podemos fazer uma rodovia e, dois meses depois, ver o desmatamento, o grileiro criando gado onde não pode criar gado, plantando soja onde não pode plantar soja. Temos que manter a floresta intocável para o bem da humanidade inteira”.
O presidente defendeu a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede), contra críticas de que ela seria contrária à obra: “Às vezes jogam a culpa em cima da Marina. Mas a Marina nunca disse que é proibido fazer. O que ela quer discutir é como fazer as coisas. E se for bem feito, é melhor para todo mundo”. Lula enfatizou a importância da cooperação federativa: “Temos que ter responsabilidade do governo federal, do governo estadual e das prefeituras para que a gente cuide da Amazônia”.
O tema da BR-319 ganhou destaque em debates no Senado Federal em 27 de maio de 2025, durante audiência na Comissão de Infraestrutura. Parlamentares criticaram Marina Silva, com o senador Marcos Rogério (PL-RO) afirmando que ela deveria “se por no seu lugar”, e o senador Plínio Valério (PSDB-AM) declarando que respeitava a mulher, mas não a ministra. Marina pediu desculpas que não vieram e se retirou da sessão. Já o senador Omar Aziz (PSD-AM) defendeu o asfaltamento: “Queremos, sim! Nós temos o direito de passear na BR-319, e não é a senhora que não vai permitir que a gente passeie na BR-319. A senhora passeia na Avenida Paulista hoje, e nós queremos passear na BR-319”.
Em 15 de julho de 2025, Marina Silva anunciou a criação de uma comissão interministerial para coordenar uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) sobre a estrada. O grupo, que inclui os Ministérios do Meio Ambiente e dos Transportes, sob coordenação da Casa Civil, analisa toda a área de influência da rodovia e propõe um modelo de governança em uma faixa de 100 km ao redor, abrangendo terras indígenas, unidades de conservação e áreas não destinadas. No mesmo mês, os ministros Marina Silva e Renan Filho (Transportes) selaram um acordo para retomar as discussões sobre o licenciamento, visando soluções de curto, médio e longo prazo que evitem prejuízos socioambientais.
Apesar dos avanços, desafios persistem. Em julho de 2025, a Justiça Federal suspendeu novamente a licença prévia para o trecho central da BR-319, atendendo a recurso do Observatório do Clima, que alertou para riscos de abertura de ramais e especulação fundiária. A Advocacia-Geral da União defendeu a manutenção da licença, argumentando que 55% da região adjacente já é protegida por unidades de conservação, servindo como barreira contra o desmatamento.
Atualizações recentes indicam progresso em obras parciais. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em agosto de 2025, as obras de pavimentação seguem a todo vapor em 20 quilômetros da rodovia, com investimento de R$ 163 milhões do Novo PAC. Além disso, o presidente Lula deve inaugurar em outubro de 2025 a ponte sobre o Rio Curuçá, que desabou durante o governo anterior, matando cinco pessoas e registrando atrasos na reconstrução. Nas redes sociais, a declaração de Lula gerou reações mistas, com usuários defendendo a obra para integração regional, mas questionando promessas antigas.
Ambientalistas alertam que a pavimentação pode aumentar o desmatamento em até quatro vezes, gerando 8 bilhões de toneladas de CO2 até 2050, o que comprometeria metas climáticas nacionais. O governo, por sua vez, defende que a obra trará controle intensivo e benefícios econômicos para a Amazônia.
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