Justiça do Rio aprova recuperação judicial do Grupo Ambipar: Um caso bilionário em foco
Com administrador provisório experiente, o conglomerado ambiental ganha 60 dias para reestruturar dívidas de R$ 11 bilhões e operações internacionais
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro marcou um capítulo crucial na trajetória do Grupo Ambipar, ao deferir, na última quinta-feira (30 de outubro de 2025), o pedido de recuperação judicial (RJ) apresentado pela companhia e suas mais de 160 empresas coligadas. A decisão, proferida pela 3ª Vara Empresarial da Capital, suspende imediatamente ações de cobrança contra o grupo e nomeia provisoriamente o escritório Carapetcov Administração Judicial, liderado pelo advogado Thiago Carapetcov, como administrador do processo até o encerramento da fase competitiva. Com uma dívida estimada em R$ 11 bilhões, o caso é considerado um dos mais complexos da história recente das recuperações judiciais no Brasil, envolvendo não apenas reestruturação financeira, mas também blindagem de ativos em um contexto de expansão global.
A Ambipar, líder em gestão ambiental e serviços de emergência, como resposta a desastres e tratamento de resíduos, enfrenta um cenário de endividamento agravado por aquisições agressivas nos últimos anos, incluindo a compra de ativos nos Estados Unidos. Paralelamente à aprovação no Rio, a subsidiária americana Ambipar Emergency Response protocolou pedido de proteção sob o Capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA, o que reforça a estratégia de reestruturação em múltiplas jurisdições. A juíza responsável pelo caso concedeu à empresa um prazo de 60 dias para apresentar seu plano de recuperação, período em que credores poderão se habilitar e questionar os termos propostos.
Thiago Carapetcov, professor convidado em instituições renomadas como Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Fundação Getulio Vargas (FGV) e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), assume um papel pivotal nessa etapa inicial. Seu escritório, especializado em processos de RJ e falências, traz expertise comprovada em casos de grande porte. Dentre os precedentes, destacam-se a administração judicial do Grupo Dex, na comarca de Duque de Caxias; do Kairós, em São Gonçalo; e do Mess Entretenimento, na capital fluminense. Além disso, o time atuou nas falências da Construtora Brunet e do Grupo Verti, demonstrando capacidade para gerir estruturas complexas semelhantes à da Ambipar.
A fase competitiva para a administração definitiva ainda está em curso, com a participação de outros escritórios de peso: VPJ Advogados, NFSC Advogados e Gomes de Mattos Advogados Associados. Há a possibilidade de que um deles se junte ao Carapetcov em uma administração compartilhada, o que poderia enriquecer o escrutínio sobre o plano de reestruturação.
Um ponto de tensão no processo foi a disputa pelo foro competente. Bancos credores, como o Bradesco, que recentemente moveu ações contra diretores da Ambipar para impedir alienação de patrimônio, tentaram transferir o caso para São Paulo, alegando maior volume de ativos no estado paulista.
No entanto, a Justiça fluminense manteve a competência local, validando o pedido original protocolado na 3ª Vara Empresarial em 21 de outubro. Essa vitória processual para a Ambipar foi celebrada no mercado: as ações ordinárias (AMBP3) dispararam mais de 20% na B3 na quinta-feira, com volume recorde de negociações, sinalizando otimismo cauteloso entre investidores.
Nas redes sociais, a notícia gerou debates acalorados. Perfis especializados em finanças, como @MZInvestimentos e @FilipeVillegas, destacaram o deferimento como um “fôlego necessário” para a Ambipar, enquanto veículos como O Globo e O Bastidor enfatizaram os desafios regulatórios e ambientais que o grupo enfrenta, incluindo suspeitas em contratos recentes.
O caso também ecoou em portais como Metrópoles e Folha de Pernambuco, que apontam para o impacto no setor de serviços ambientais, vital para a agenda de sustentabilidade no Brasil.
Essa recuperação não é apenas uma manobra financeira, mas um teste para a resiliência de um player chave no combate às mudanças climáticas. Com operações em mais de 15 países e foco em ESG (Environmental, Social and Governance), a Ambipar precisará equilibrar credibilidade com credores e inovação em seus serviços para emergir fortalecida.
O que você acha dessa decisão judicial? Ela representa uma oportunidade de renascimento para o setor ambiental ou apenas um adiamento de problemas crônicos? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe este artigo com sua rede para debatermos o futuro das grandes recuperações no Brasil!
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