Justiça argentina ordena análise de celulares de Milei e Karina no caso $LIBRA
Investigação ganha novo impulso: Suspeitas de fraude e uso político da criptomoeda que abalou o mercado em 2025
A Justiça Federal da Argentina determinou uma nova etapa na investigação do escândalo envolvendo a criptomoeda $LIBRA, ordenando que a Polícia Federal analise os conteúdos dos celulares do presidente Javier Milei e de sua irmã, Karina Milei, secretária geral da Presidência. A medida, anunciada nesta quarta-feira, visa rastrear mensagens, fotos, geolocalizações e outros dados dos dispositivos apreendidos, com o objetivo de apurar possíveis comunicações entre o presidente, sua irmã e os principais acusados no caso.
O caso remonta a fevereiro de 2025, quando Javier Milei, líder do partido La Libertad Avanza, publicou em sua conta no X (antigo Twitter) uma promoção da memecoin $LIBRA, descrevendo-a como uma oportunidade de investimento promissora. Horas após o post, que alcançou milhões de visualizações, o valor da criptomoeda disparou mais de 1.000%, atraindo milhares de investidores argentinos. No entanto, Milei apagou a publicação pouco tempo depois, coincidindo com uma queda abrupta no preço do ativo, que evaporou milhões de dólares em valor de mercado. Especialistas em criptoativos classificaram o episódio como um possível “pump and dump”, esquema fraudulento em que insiders inflacionam artificialmente o preço para lucrar com a venda posterior.
A investigação, conduzida pelo fiscal federal Eduardo Taiano, do Juzgado Nacional en lo Criminal y Correccional Federal N° 3, agora foca em possíveis irregularidades políticas e uso indevido de influência. Entre os alvos da análise estão os telefones de Hayden Davis, criador da $LIBRA, Mauricio Novelli, influenciador digital acusado de coordenação do esquema, e Manuel Terrones Godoy, outro promotor da moeda. Autoridades suspeitam de trocas de mensagens que possam revelar coordenação prévia ou benefícios pessoais, especialmente após denúncias de que Davis teria pago subornos para acessar círculos próximos ao governo.
Karina Milei, figura central no governo e apelidada de “El Jefe” pela influência sobre o irmão, também é visada devido a áudios vazados em agosto que a ligam a outros esquemas de corrupção, como propinas em compras de medicamentos. Embora esses vazamentos sejam de um inquérito separado, eles alimentam as suspeitas de um padrão de conduta irregular na entourage presidencial. Em nota oficial, o governo argentino minimizou a ordem judicial, afirmando que “o presidente Javier Milei sempre agiu com transparência e que a investigação é uma perseguição política da oposição”.
O escândalo já resultou em ações concretas: em maio, a Justiça bloqueou bens dos acusados e congelou contas bancárias ligadas à $LIBRA. Uma comissão parlamentar, instalada pela oposição em agosto, tem até novembro para apresentar um relatório final, mas foi criticada pelo governo como “inútil”. Nos Estados Unidos, onde parte do esquema operava, há uma investigação paralela pela SEC (Securities and Exchange Commission), que pode complicar a defesa de Milei, especialmente com eleições legislativas argentinas marcadas para outubro.
Analistas políticos apontam que o caso desgasta a imagem libertária de Milei, que se elegeu em 2023 prometendo desregulamentação e combate à corrupção. “Este episódio reforça a narrativa de que o governo usa ferramentas digitais para fins pessoais”, comentou o deputado Pablo Carro, da União pela Pátria (UxP), em post no X. A oposição, liderada por figuras como o peronista Hugo Alconada Mon, cobra agilidade na apuração, enquanto apoiadores de Milei defendem que se trata de uma “caça às bruxas” orquestrada por rivais.
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