Julgamento de Bolsonaro no STF: Trama golpista em foco; veja AO VIVO
STF inicia sessões que podem definir o futuro político do ex-Presidente – Relembre os fatos que marcaram sua trajetória e levam ao banco dos réus
O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira, 2 de setembro de 2025, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus acusados de participação em uma trama golpista visando abolir o Estado Democrático de Direito após as eleições de 2022.
A sessão, realizada na Primeira Turma do STF, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, é prevista para ocorrer em oito etapas, com segurança reforçada no plenário em Brasília. O processo analisa evidências coletadas pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República (PGR), incluindo reuniões, decretos e incitações que teriam visado um golpe de Estado.
O julgamento ocorre em meio a um contexto de polarização, com repercussão internacional e manifestações paralelas no Senado, onde aliados como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Sergio Moro (União Brasil-PR) organizam audiências críticas ao STF. Analistas preveem uma condenação provável, com penas que podem ultrapassar 20 anos de prisão para crimes como tentativa de golpe e associação criminosa, conforme o Código Penal. Bolsonaro não deve comparecer à sessão inicial e será representado por sua defesa, que planeja usar slides para argumentar a ausência de provas concretas.
📅 Veja datas e horários das sessões do julgamento
2 de setembro – 9h às 12h e 14h às 19h
3 de setembro – 9h às 12h
9 de setembro – 9h às 12h e 14h às 19h
10 de setembro – 9h às 12h
12 de setembro – 9h às 12h e 14h às 19h
Linha do Tempo: da pandemia aos atos golpistas
Para contextualizar o julgamento, relembramos os principais eventos da gestão de Jair Bolsonaro, focando na pandemia de COVID-19, nos episódios pós-eleitorais e nas ações que culminaram nos atos de 8 de janeiro de 2023. A cronologia baseia-se em fatos documentados por órgãos oficiais e investigações.
26 de fevereiro de 2020: Confirmação do primeiro caso de COVID-19 no Brasil, em São Paulo. O Ministério da Saúde, sob o general Eduardo Pazuello, inicia monitoramento, mas o governo federal minimiza a gravidade.
24 de março de 2020: Em pronunciamento nacional, Bolsonaro refere-se à COVID-19 como uma "gripezinha" e critica medidas de isolamento adotadas por governadores.
Abril de 2020: Proposta inicial do governo para o auxílio emergencial é de R$ 200 por pessoa, mas o Congresso Nacional aprova R$ 600, beneficiando milhões durante a crise econômica. Bolsonaro sanciona o valor maior, mas defende cortes posteriores.
Maio de 2020: O Ministério da Saúde, sob orientação presidencial, recomenda o uso de cloroquina e hidroxicloroquina para tratamento da COVID-19, apesar de evidências científicas indicarem ineficácia e riscos à saúde. Estudos posteriores confirmam que os medicamentos não têm efeito contra o vírus.
Dezembro de 2020 a março de 2021: Pico da pandemia no Brasil, com colapso em sistemas de saúde. O país ultrapassa 700 mil mortes totais pela COVID-19 ao longo da crise, atribuídas em parte à lentidão na vacinação e à promoção de tratamentos ineficazes.
Julho de 2021: Bolsonaro intensifica críticas ao STF, chamando ministros como Alexandre de Moraes de "canalhas" em discursos públicos, alegando perseguição política.
18 de julho de 2022: Reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, onde Bolsonaro questiona a segurança das urnas eletrônicas e repete teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais, sem provas. O evento é transmitido pela TV Brasil e gera reações de tribunais superiores reafirmando a confiabilidade do sistema.
30 de outubro de 2022: Dia do segundo turno das eleições. A Polícia Rodoviária Federal (PRF), sob direção de Silvinei Vasques, realiza blitze em estradas, atrasando eleitores em regiões favoráveis a Lula (PT), o que é investigado como tentativa de interferência no pleito.
24 de dezembro de 2022: Tentativa de explosão de um caminhão-tanque próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília por George Washington de Oliveira Sousa, bolsonarista que escreveu carta a Bolsonaro e planejava o ato para forçar intervenção militar. Sousa foi condenado e posteriormente solto em regime semiaberto, mas fugiu após nova ordem de prisão.
30 de dezembro de 2022: Bolsonaro viaja para os Estados Unidos, dois dias antes da posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), evitando a cerimônia de transmissão de cargo e o uso da faixa presidencial, em um gesto histórico na democracia brasileira.
8 de janeiro de 2023: Invasão e depredação das sedes dos Três Poderes (Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF) por apoiadores de Bolsonaro, convocados via redes sociais. Os atos são classificados como tentativa de golpe pelo STF, resultando em mais de 500 condenações até o momento. Bolsonaro estava nos EUA na data, mas investigações apontam incitação prévia.
Esses eventos formam o pano de fundo da denúncia da PGR, que acusa Bolsonaro de liderar uma rede para anular as eleições e manter-se no poder, com planos iniciados em 2021.
As acusações, os réus e o andamento do julgamento
Os réus respondem por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito (artigo 359-L do Código Penal), tentativa de golpe de Estado e associação criminosa. A PGR aponta que Bolsonaro coordenou reuniões com militares para discutir decretos de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e estado de sítio, além de incitar apoiadores via discursos e redes.
Réus principais:
Jair Bolsonaro (PL): Ex-presidente, acusado de liderar a trama.
Walter Braga Netto: Ex-ministro da Defesa.
Augusto Heleno: Ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional.
Paulo Sérgio Nogueira: Ex-ministro da Defesa.
Almir Garnier Santos: Ex-comandante da Marinha.
Outros três aliados: Incluindo generais e ex-assessores, como parte do "núcleo 1" da investigação.
O julgamento na Primeira Turma (composta por Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux) inicia com sustentação oral da PGR e defesas, seguido de votos. Sessões ocorrem hoje e amanhã, com pausa e retomada na próxima semana, possivelmente encerrando em 12 de setembro. A condenação requer maioria simples; absolvição é improvável, segundo fontes jurídicas.
O processo reflete o esforço institucional para preservar a democracia, com o STF ativando protocolos de segurança máxima. Enquanto isso, apoiadores de Bolsonaro veem o julgamento como perseguição política.
O que você acha desse julgamento? Comente abaixo e compartilhe este artigo para ampliar o debate!
Palavras-chave: Bolsonaro, STF, julgamento, trama golpista, pandemia COVID-19, auxílio emergencial, cloroquina, eleições 2022, PRF, embaixadores, explosão aeroporto Brasília, 8 de janeiro, golpe de Estado.
#PainelPolitico #Bolsonaro #STF #JulgamentoBolsonaro #Golpe2022 #PandemiaBrasil #8deJaneiro
Siga-nos nas redes sociais:
Twitter: @painelpolitico
Instagram: @painelpolitico
Junte-se aos nossos canais:
WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029Va4SW5a9sBI8pNwfpk2Q
Telegram: https://t.me/PainelP