Juízes Federais ganham "super folga": até 18 dias de licença por mês em novo benefício
CJF aprova resolução polêmica que permite acúmulo de licenças remuneradas para magistrados que atuarem remotamente em outras jurisdições
Em uma decisão que promete gerar debates sobre privilégios no Judiciário, o Conselho da Justiça Federal (CJF) instituiu um novo benefício que permite aos juízes federais acumularem até 18 dias de folga por mês. A medida, publicada no Diário Oficial da União, foi assinada pelo presidente do conselho e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Herman Benjamin.
Detalhamento do benefício
A resolução estabelece um sistema de "projetos de auxílio" onde magistrados podem atuar remotamente em outras unidades da Justiça Federal, mantendo simultaneamente suas funções originais. Como contrapartida, receberão:
Até 8 dias de licença indenizatória mensal (2 dias por semana trabalhada)
Até 10 dias de licença compensatória mensal (1 dia a cada 3 dias de trabalho)
Possibilidade de converter as licenças em pagamento em dinheiro
Restrições e condicionantes
O texto estabelece algumas limitações importantes:
A convocação deve ter caráter "excepcional e temporário"
Juízes que já atuam em auxílio no STF, STJ, CNJ e CJF não poderão participar
Os pagamentos dependerão da disponibilidade orçamentária
As despesas serão responsabilidade do tribunal de origem
Justificativa oficial
O CJF justifica a medida como necessária para "aprimorar a prestação jurisdicional", visando maior eficiência no julgamento de processos acumulados em determinadas unidades judiciárias. Quando questionado sobre o impacto da medida, o Conselho informou que este "será apurado em função dos projetos de julgamento" e que até o momento nenhum projeto foi encaminhado.
Impacto e perspectivas
A implementação desta resolução levanta questões sobre o uso de recursos públicos e a acumulação de benefícios no Judiciário, especialmente em um momento em que se discute a eficiência e os custos do sistema judicial brasileiro.
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