Juíza do TRT-2 virou médica trabalhando “em dois lugares ao mesmo tempo”: Como ela conseguiu conciliar internato integral e expediente na Vara do Trabalho?
Promoção por Antiguidade e Investigações da Corregedoria Revelam Tensões Internas na Justiça Trabalhista de São Paulo
Em um caso que tem gerado intensos debates no meio jurídico e nas redes sociais, a juíza Adriana de Jesus Pita Colella, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), em São Paulo, concluiu recentemente sua graduação em Medicina pela Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), após seis anos de curso em período integral. A magistrada, que atua no litoral paulista, assumiu em outubro de 2025 a titularidade da 2ª Vara do Trabalho de Santos, em promoção por antiguidade, mas o acúmulo de atividades – incluindo um internato com horários sobrepostos ao expediente forense – levou à abertura de uma investigação pela Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho.
A controvérsia ganhou força após a divulgação de que, entre 2024 e 2025, a juíza cumpriu o internato obrigatório na Santa Casa de Misericórdia de Santos, com atividades de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h – podendo se estender até as 18h –, exigindo presença mínima de 90% das aulas. No entanto, o expediente no TRT-2, regulado por portaria da corte, ocorre das 11h30 às 18h, criando uma sobreposição de cerca de seis horas diárias que questiona a viabilidade prática da dupla jornada. A situação, apelidada de forma irônica como “bilocação” em postagens nas redes sociais, reflete preocupações sobre a dedicação exclusiva exigida de magistrados e a produtividade na Justiça do Trabalho.
O TRT-2, presidido pelo desembargador Valdir Florindo, defendeu a regularidade da conduta da juíza. Em nota oficial, a administração do tribunal afirmou que “não existe qualquer impedimento legal para a realização de atividades discentes em curso universitário”, destacando que a produtividade de Adriana de Jesus Pita Colella foi monitorada e considerada satisfatória durante o período. A promoção, ocorrida em 6 de outubro de 2025, foi homologada em cerimônia no dia 3 de outubro, ao lado de outros magistrados como Frederico Monacci Cerutti e Thomaz Moreira Werneck. Apesar disso, colegas de toga tentaram barrar a ascensão, alegando incompatibilidades, mas os pedidos foram rejeitados pelo presidente do tribunal.
A remuneração da juíza também entrou no debate: em 2025, ela recebeu em média R$ 76,8 mil brutos mensais, com valor líquido aproximado de R$ 56 mil, ultrapassando o teto constitucional em alguns meses, conforme declarações públicas de rendimentos. Críticos apontam para uma aparente desigualdade no sistema judiciário, onde servidores comuns enfrentam rigidez em horários e ausências, enquanto a elite da magistratura parece dispor de maior flexibilidade. Nas redes sociais, o caso viralizou, com postagens da Transparência Internacional - Brasil questionando: “Juíza cursava medicina em estágio ambulatório de 8h às 17h, enquanto supostamente trabalhava na Justiça do Trabalho. A corregedoria não viu problema.” Outros usuários, como o deputado Bruno Souza, ironizaram: “Adriana provou que é possível! Basta querer muito… e ser juíza do trabalho.”
Diante das repercussões, a Corregedoria Nacional de Justiça, sob a relatoria do ministro José Roberto Freire Pimenta, solicitou apuração formal ao TRT-2 para verificar possíveis irregularidades na frequência e na compatibilidade de agendas. A investigação, iniciada na última semana de novembro de 2025, foca em documentos como atas de presença no internato e relatórios de produtividade judicial. Até o momento, não há indícios de sanções, mas o episódio reacende discussões sobre ética na magistratura e a necessidade de maior transparência em promoções.
O caso de Adriana de Jesus Pita Colella não é isolado, mas destaca tensões crônicas no Judiciário brasileiro, onde a acumulação de cargos e estudos é permitida por lei, desde que não comprometa o serviço público. Especialistas em direito trabalhista consultados por veículos como o Estadão enfatizam que, embora legal, a prática pode erodir a confiança pública na instituição. A juíza, que já possuía formação em Direito e uma carreira consolidada no TRT-2, optou pelo curso de Medicina como segunda graduação, concluída em novembro de 2025, sem comentários oficiais sobre planos futuros de exercer a profissão médica.
Esse episódio reforça a importância de mecanismos de controle interno no sistema judiciário, especialmente em um contexto de sobrecarga de processos na Justiça do Trabalho, que acumula milhões de ações anualmente. Enquanto a apuração prossegue, o debate se espalha por blogs jurídicos e perfis no X (antigo Twitter), onde usuários cobram responsabilidade e equidade.
O que você acha dessa controvérsia na magistratura? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe este artigo para fomentar o diálogo sobre transparência no Judiciário. Sua opinião pode ajudar a moldar o debate!
Palavras-chave: juíza Adriana de Jesus Pita Colella, TRT-2, Unimes, internato medicina, promoção magistratura, Corregedoria Justiça do Trabalho, horários sobrepostos, dedicação exclusiva, Justiça Trabalhista São Paulo, ética judicial.
Hashtags: #PainelPolitico #TRT2 #Magistratura #JustiçaDoTrabalho #ÉticaJudicial #InvestigaçãoCorregedoria #MedicinaUnimes #TransparênciaJudiciário #SantosSP
Siga o Painel Político nas redes sociais:
Twitter: @painelpolitico
Instagram: @painelpolitico
LinkedIn: Painel Político
Junte-se à conversa em tempo real:
Canal no WhatsApp: Inscreva-se aqui
Telegram: Acompanhe no Painel P



