Juiz do CNJ Edinaldo César Santos Júnior é encontrado morto em Aracaju
Magistrado do CNJ e TJSE deixa legado na defesa da infância e dos direitos humanos
O juiz Edinaldo César Santos Júnior, de 49 anos, foi encontrado morto no último domingo (1º) em seu apartamento no bairro Atalaia, em Aracaju, Sergipe. A Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP) informou que não havia sinais de violência no corpo ou no local, e a principal hipótese é de morte natural. O magistrado, que atuava como juiz auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e juiz de direito do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), deixa um legado marcante na área da infância, juventude e direitos humanos.
Edinaldo César era doutorando e mestre em direitos humanos pela Universidade de São Paulo (USP) e especialista pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Separado e pai de dois filhos, ele dedicou sua carreira a projetos institucionais que promoveram a eficiência e a modernização do Judiciário brasileiro. Sua paixão pela área da infância era evidente em suas redes sociais, onde frequentemente expressava o amor pela profissão.
Recentemente, em novembro, ele foi indicado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, para representar o Brasil em uma delegação na ONU. Na ocasião, defendeu a importância de uma “justiça amigável à infância”, destacando a necessidade de priorizar crianças e adolescentes como dever constitucional.
Em um de seus últimos posts, o juiz escreveu: “Emerge no Poder Judiciário brasileiro um novo paradigma: o nascimento de uma justiça amigável à infância, que atua por e com as crianças e adolescentes. Uma justiça adultocêntrica nunca mais!”. A fala reflete seu compromisso com a transformação do sistema judicial em prol dos direitos das crianças.
A SSP informou que o Instituto de Análise e Pesquisa Forense realizará exames para determinar a causa da morte, mas não há previsão para a divulgação dos resultados, que dependerão das condições do material coletado.
Luto e homenagens
A morte de Edinaldo César gerou comoção no meio jurídico e político. O Tribunal de Justiça de Sergipe publicou uma nota de pesar, destacando sua contribuição para a modernização do Judiciário e seu trabalho nas áreas da infância e juventude. A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) também lamentou a perda, afirmando que o juiz representou “o esforço coletivo por um Judiciário mais humano, justo e acessível” e expressou solidariedade à família e amigos.
A prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, prestou homenagem ao magistrado, descrevendo-o como “jovem, firme e combativo diante das injustiças” e desejando conforto aos familiares. O governador de Sergipe, Fábio Mitidieri, também se manifestou, enaltecendo a trajetória de Edinaldo marcada por “dedicação, integridade e um firme compromisso com a Justiça”.
O falecimento do juiz deixa um vazio no Judiciário brasileiro, mas seu legado na defesa dos direitos humanos e da infância permanece como inspiração para futuras gerações.
Palavras-chave: Edinaldo César Santos Júnior, CNJ, TJSE, direitos humanos, infância e juventude, Aracaju, morte natural, Justiça brasileira, ONU.
Hashtags: #PainelPolitico #CNJ #TJSE #DireitosHumanos #Infância #JustiçaBrasileira #Aracaju