Irã afirma que prendeu dois agentes do Mossad; aeroporto de Israel é atingido por mísseis iranianos
Reino Unido reforça presença militar na região, enquanto Irã e Israel trocam ataques e prisões de supostos espiões do Mossad intensificam a crise
Neste domingo, 15 de junho de 2025, a polícia iraniana anunciou a prisão de dois supostos infiltrados ligados ao Mossad, a agência de inteligência de Israel, no condado de Savojbolagh, província de Alborz. A operação, conduzida pela Organização de Inteligência da Polícia Provincial de Alborz, desmantelou uma célula terrorista que operava a partir de um esconderijo, onde foram encontrados explosivos, bombas, armadilhas e equipamentos eletrônicos, segundo a agência de notícias iraniana IRNA.
As autoridades prometeram divulgar mais detalhes sobre as confissões dos detidos, enquanto a ação é apresentada como parte dos esforços para conter ameaças de inteligência estrangeira no Irã.
A prisão ocorre em um momento de escalada militar entre Irã e Israel, marcada por ataques aéreos mútuos. No mesmo dia, mísseis iranianos atingiram o Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Israel, em retaliação à "Operação Leão Ascendente", iniciada por Israel na sexta-feira, 13 de junho. A ofensiva israelense destruiu instalações nucleares e militares iranianas, matando figuras-chave como o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e o chefe do Estado-Maior, Mohammad Bagheri, além de seis cientistas nucleares.
Escalada militar e envolvimento internacional
O conflito ganhou um novo capítulo com o anúncio do Reino Unido, que decidiu enviar caças e aviões de reabastecimento ao Oriente Médio. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, classificou a medida como uma "ação de contingência" para garantir a segurança regional, mas não descartou apoio defensivo a Israel.
A decisão veio após o Irã alertar aliados de Israel contra envolvimento direto no conflito, intensificando os temores de uma guerra regional. Starmer pediu uma desescalada imediata, alertando para os impactos globais de um conflito prolongado, incluindo instabilidade econômica e interrupções no fornecimento de energia.
A "Operação Leão Ascendente" de Israel incluiu ataques a instalações nucleares, como a usina de Natanz, e bases de mísseis balísticos, com o Mossad utilizando drones explosivos e tecnologias infiltradas no Irã. Em resposta, o Irã lançou a "Promessa Verdadeira 3", com mísseis e drones contra Tel Aviv e Haifa, causando ao menos cinco mortes, segundo a mídia israelense. Em Teerã, um bombardeio israelense a um prédio residencial deixou 60 mortos, incluindo 20 crianças, conforme autoridades iranianas.
Uma guerra nas sombras
As prisões em Savojbolagh reforçam a narrativa de um conflito velado entre Irã e Israel, que agora assume contornos abertos. O Mossad é frequentemente associado a operações secretas no Irã, como o assassinato do cientista nuclear Mohsen Fakhrizadeh em 2020 e o ataque cibernético Stuxnet em 2010, que danificou centrífugas em Natanz. Em 2018, a agência também roubou arquivos secretos do programa nuclear iraniano, alimentando suspeitas sobre as ambições nucleares de Teerã.
No Irã, a prisão dos supostos espiões é vista como uma vitória das forças de segurança, em meio a esforços para reforçar a legitimidade do regime. O líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, prometeu uma "resposta severa" aos ataques de Israel, enquanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que "mais está por vir", sugerindo uma possível intensificação dos bombardeios.
Reações globais e riscos de escalada
A comunidade internacional acompanha a crise com preocupação. O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu o fim das hostilidades e defendeu a diplomacia. Os Estados Unidos, que teriam apoiado Israel na interceptação de mísseis iranianos, negaram envolvimento direto, mas a retórica iraniana responsabiliza Washington pela escalada. O envolvimento do Reino Unido adiciona uma nova camada de complexidade, com temores de que outras potências sejam arrastadas para o conflito.
Analistas alertam que a eliminação de líderes militares e cientistas nucleares pode acelerar os esforços iranianos para desenvolver uma arma nuclear, como medida de dissuasão. Em Israel, a população de Tel Aviv enfrenta o medo de novos ataques, enquanto em Teerã a destruição de infraestruturas e perdas civis alimentam a indignação. A presença militar britânica na região, embora justificada como preventiva, pode ser interpretada como uma escalada, dificultando negociações para um cessar-fogo.
Um futuro incerto
O conflito entre Irã e Israel, agravado pelas prisões em Savojbolagh e pela intervenção britânica, aponta para um cenário de alta volatilidade. Enquanto o Irã busca neutralizar ameaças internas e externas, Israel mantém sua postura de impedir o avanço nuclear iraniano a qualquer custo. A comunidade internacional enfrenta o desafio de conter a crise, que ameaça desestabilizar o Oriente Médio e impactar a economia global, especialmente no que diz respeito ao fornecimento de petróleo.
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