Investidores do Banco Master movem ações contra Daniel Vorcaro por prejuízos acima do limite do FGC
Com a liquidação extrajudicial do Banco Master, investidores com aplicações acima de R$ 250 mil buscam na Justiça recuperação de valores perdidos, alegando gestão fraudulenta
A liquidação extrajudicial do Banco Master, decretada pelo Banco Central em 18 de novembro de 2025, tem gerado uma onda de preocupações entre investidores, especialmente aqueles cujas aplicações em Certificados de Depósito Bancário (CDBs) superam o limite de cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), fixado em R$ 250 mil por CPF ou CNPJ por instituição.
Uma das primeiras ações judiciais movidas por investidores lesados foi iniciada por uma médica em São Paulo. Entre 2019 e 2024, ela aplicou R$ 283 mil em CDBs do Banco Master por intermédio da NuInvest, corretora ligada ao Nubank. Com os rendimentos acumulados, o saldo alcançou quase R$ 527 mil na data da liquidação. Desse total, cerca de R$ 277 mil ficam sem cobertura do FGC — “valor que a autora jamais recuperará por meio do mecanismo de garantia institucional do sistema financeiro”, conforme consta na petição inicial apresentada à Justiça.
Na ação, que tramita na 4ª Vara Cível do Foro Regional de Santana, em São Paulo, a investidora alega que “a derrocada da instituição financeira resultou exclusivamente de gestão inidônea, má administração deliberada, prática sistemática de fraudes e condutas criminosas perpetradas pelos próprios controladores e administradores do banco”. Ela pede a responsabilização civil solidária dos réus pelos prejuízos materiais não cobertos pelo FGC, além de R$ 50 mil por danos morais.
Os réus são o controlador Daniel Vorcaro, além dos sócios minoritários Felipe Wallace Simonsen e Armando Miguel Gallo Neto, que ingressaram no quadro societário em 2022, com a aquisição do Banco Vipal pelo Master. A petição conclui que “o presente processo visa à recuperação da parcela não coberta pelo fundo (FGC), correspondente ao prejuízo direto causado pela gestão fraudulenta, temerária e criminosa perpetrada pelos administradores do Banco Master”.
Essa ação é vista como a pioneira em uma provável série de processos semelhantes, considerando o elevado número de investidores afetados pela liquidação do conglomerado Master. O caso ganhou repercussão após apuração da coluna Capital, do jornal O Globo, que teve acesso à petição.
O colapso do Banco Master está ligado a investigações da Polícia Federal na Operação Compliance Zero, que culminaram na prisão preventiva de Daniel Vorcaro em 17 de novembro de 2025, no Aeroporto de Guarulhos, e na posterior decretação da liquidação extrajudicial. O FGC estima ressarcir cerca de 1,6 milhão de investidores em até R$ 41 bilhões, o maior volume já acionado em sua história, mas valores excedentes dependem do processo de liquidação ou de ações judiciais individuais.
Especialistas apontam que investidores com saldos acima do teto do FGC enfrentam maior risco de perda, entrando como credores quirografários na massa falida, com prioridade baixa no recebimento.
O que você acha dessa onda de ações judiciais? Já foi afetado pelo caso Master ou conhece alguém que perdeu valores acima da cobertura do FGC? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe esta matéria para alertar mais investidores!
Palavras-chave: Banco Master, Daniel Vorcaro, liquidação extrajudicial, FGC, CDBs, ação judicial, investidores lesados, gestão fraudulenta, Fundo Garantidor de Créditos.
Hashtags: #PainelPolitico #BancoMaster #DanielVorcaro #FGC #Investimentos #LiquidaçãoBancária #DireitosDoInvestidor #EconomiaBrasileira
Siga o Painel Político nas redes:
Twitter: @painelpolitico
Instagram: @painelpolitico
LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/painelpolitico/Participe dos nossos canais exclusivos:
Canal do WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029Va4SW5a9sBI8pNwfpk2Q
Telegram: https://t.me/PainelP



