Índia ataca Paquistão na Caxemira e acirra tensão nuclear na região
Operação Sindoor deixa mortos e feridos, enquanto ONU pede contenção para evitar escalada de conflito
A tensão entre Índia e Paquistão, dois vizinhos com histórico de rivalidade e armados com arsenais nucleares, atingiu um novo patamar nesta terça-feira (6) após a Índia confirmar ataques a nove alvos no lado paquistanês da Caxemira.
A operação, batizada de Sindoor, foi descrita por Nova Déli como uma resposta "precisa e comedida" a um ataque terrorista que matou 26 pessoas em um resort na Caxemira indiana, no último dia 22. O Paquistão, por sua vez, reportou três mortes, incluindo uma criança, e 55 feridos, prometendo retaliar o que classificou como uma "agressão injustificada".
Contexto de um conflito histórico
A Caxemira, localizada na cordilheira do Himalaia, é um dos pontos mais sensíveis do conflito entre Índia e Paquistão desde a independência de ambos do Reino Unido, em 1947. Dividida de fato entre os dois países e com uma porção controlada pela China, a região é reivindicada integralmente por Nova Déli e Islamabad.
O ataque de 22 de outubro, que vitimou 26 turistas hindus em Pahalgam, foi atribuído pela Índia a grupos terroristas supostamente apoiados pelo Paquistão. O grupo militante "Resistência da Caxemira", até então desconhecido, reivindicou a autoria do massacre.
A Índia justificou a operação Sindoor como um ataque direcionado a infraestruturas terroristas, enfatizando que nenhuma instalação militar paquistanesa foi visada. "A Índia demonstrou considerável contenção na seleção de alvos e no método de execução", afirmou o governo indiano em comunicado. Contudo, o Paquistão denunciou o uso de mísseis em três localidades, incluindo a capital da Caxemira paquistanesa, Muzaffarabad, onde explosões foram relatadas e a energia elétrica foi cortada.
Reações e escalada
O Paquistão respondeu rapidamente, fechando seu espaço aéreo por 48 horas e desviando voos comerciais. Um porta-voz das Forças Armadas paquistanesas, em entrevista à emissora ARY, prometeu uma resposta à altura. Na noite de quinta-feira, militares paquistaneses abriram fogo contra posições indianas, ferindo duas mulheres, segundo a polícia indiana. Soldados indianos revidaram, mas não houve registro de vítimas.
Testemunhas em Muzaffarabad relataram à agência Reuters e a canais de TV paquistaneses que explosões ecoaram nas montanhas da região, gerando pânico entre a população. A interrupção no fornecimento de energia elétrica agravou a situação, enquanto a incerteza sobre a natureza das explosões persiste.
Apelo internacional
As Nações Unidas (ONU) emitiram um comunicado pedindo "máxima contenção" para evitar uma deterioração ainda maior da situação. A escalada do conflito preocupa a comunidade internacional, dado o potencial devastador de um confronto entre duas potências nucleares. Desde o ataque de outubro, as tensões já haviam levado o Paquistão a suspender relações comerciais, cancelar vistos e fechar o espaço aéreo para aviões indianos.
Um futuro incerto
A Caxemira permanece como um barril de pólvora na geopolítica do sul da Ásia. O ataque indiano e a promessa de retaliação paquistanesa reacendem temores de um conflito de proporções imprevisíveis. Enquanto a população local enfrenta os impactos diretos da violência, o mundo observa com apreensão, esperando que a diplomacia prevaleça sobre a escalada militar.
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