Haroldo Augusto Filho: de condenado na Operação Dominó a sócio em empresas investigadas na Carbono Oculto com conexão a Antônio Rueda
Ex-operador político de Rondônia, com pena reduzida no TJ, reaparece em empresas de aviões sob investigação da PF, revelando trama que envolve fundos, ocultação de bens e supostas relações com Rueda
Haroldo Augusto Filho, filho do ex-deputado estadual Haroldo Santos, carrega em sua trajetória uma sucessão de episódios marcados por condenações, investigações e, mais recentemente, suspeitas de ligação com estruturas empresariais usadas para ocultação de patrimônio.
Em Rondônia, ele foi um dos alvos da Operação Dominó, deflagrada em 2006 para desarticular um esquema de corrupção que envolvia contratos fraudulentos e desvio de recursos na Assembleia Legislativa. Condenado a 3 anos e 4 meses de prisão por corrupção, teve a pena reduzida pelo Tribunal de Justiça de Rondônia para 2 anos e 6 meses em regime aberto, com pagamento de multa. Com o passar dos anos, parte das sanções acabou prescrevendo, mas seu nome continuou atrelado a casos rumorosos de corrupção.
Em 2024, Haroldo voltou a ser citado em outra frente de apurações: a Operação Sisamnes, investigação conduzida pela Polícia Federal e autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que revelou um suposto esquema de venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele e o empresário Valdoir Slapak foram alvos de mandados de busca e apreensão, aparecendo em mensagens extraídas do celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023 em Cuiabá (MT). Essas conversas indicavam proximidade entre empresários e operadores que tentavam influenciar decisões judiciais de alto escalão.
Agora, em 2025, Haroldo Augusto Filho reaparece como sócio da Bariloche Participações S.A., empresa com sede em São Paulo, ligada ao setor de mineração e aviação executiva. A companhia é investigada na Operação Carbono Oculto, ação que expõe a infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC) em segmentos da economia formal, especialmente combustíveis e fundos de investimento.
Segundo a apuração, a Bariloche Participações figura como proprietária de aeronaves registradas em nome de subsidiárias e fundos, entre eles a Magik Aviation e o fundo Viena, da gestora Genial. Esses ativos incluem jatos executivos avaliados em dezenas de milhões de reais, como um Cessna 560XL PR-LPG, um Cessna 525A, um Raytheon R390 e um Gulfstream G200, todos operados pela empresa Táxi Aéreo Piracicaba.
As investigações ganharam ainda mais repercussão porque o nome do presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, aparece associado como suposto proprietário dessas aeronaves. A Polícia Federal apura se ele seria um dono oculto, utilizando terceiros e fundos para registrar os bens, que estariam na prática à sua disposição.
O caso é particularmente grave porque alguns dos principais investigados da Carbono Oculto, como Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”, e Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”, também faziam uso da mesma empresa de táxi aéreo. A hipótese levantada é de que as aeronaves poderiam servir não apenas para transporte de alto padrão, mas também para lavagem de dinheiro proveniente do tráfico e de operações financeiras ilícitas.
Haroldo Augusto Filho e Valdoir Slapak aparecem como controladores da Bariloche Participações, o que os conecta diretamente a essa teia societária. Para investigadores, trata-se de mais um capítulo de uma trajetória em que o nome de Haroldo se mistura a escândalos: da condenação por corrupção em Rondônia à suspeita de participação em esquemas de manipulação de julgamentos no STJ, até chegar à atual apuração sobre ocultação de patrimônio e possível ligação indireta com o crime organizado.
Antônio Rueda, por sua vez, nega veementemente qualquer envolvimento. Em nota, afirma que as acusações são “absolutamente infundadas” e que tomará medidas judiciais para preservar sua reputação. Ainda assim, o fato de seu nome surgir no mesmo ambiente empresarial em que atua Haroldo Augusto Filho lança dúvidas sobre as conexões entre negócios privados, estruturas partidárias e investigações criminais em curso.
A Operação Carbono Oculto ainda está em fase de aprofundamento, com novas quebras de sigilo, análises de contratos e rastreamento de fluxos financeiros que devem indicar até que ponto há vínculos entre o esquema e atores políticos de peso. No entanto, a presença de Haroldo Augusto Filho nesse cenário reforça a percepção de que figuras já condenadas por corrupção em estados como Rondônia seguem encontrando espaço em negócios de alto valor, mesmo sob constante vigilância da Justiça.
O desenrolar das investigações poderá revelar não apenas novos crimes, mas também como redes de empresários, políticos e operadores jurídicos se articulam em diferentes regiões e instâncias do poder. A história de Haroldo Augusto Filho, que já parecia ter ficado no passado com a Operação Dominó, hoje ressurge no centro de um dos casos mais sensíveis envolvendo crime organizado, economia formal e partidos políticos no Brasil.
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