Greve na Receita Federal: Delegados e delegados-adjuntos anunciam greve de 72 horas a partir desta terça (20)
Paralisação de três dias começa nesta terça-feira (20) após reunião do Sindifisco Nacional, que cobra celeridade do governo nas negociações salariais
Cerca de noventa representantes da Receita Federal, incluindo delegados e delegados-adjuntos, participaram de uma reunião telepresencial na segunda-feira (19) para discutir a continuidade da mobilização pela recomposição do vencimento básico dos Auditores-Fiscais. Organizada pelo Comando Nacional de Mobilização (CNM), pela Direção Nacional e pela mesa do Conselho de Delegados Sindicais (CDS), a reunião resultou na decisão de intensificar a greve, com uma nova paralisação de três dias a partir desta terça-feira (20). A suspensão das atividades foi oficialmente comunicada à Administração da Receita Federal pelas Delegacias de Julgamento da Receita Federal (DRJ).
A mobilização reflete a insatisfação da categoria com a demora do governo em negociar o reajuste salarial e com as alterações no cálculo do bônus de eficiência, introduzidas pelas Resoluções 7 e 8. Na semana passada, os Auditores-Fiscais já haviam parado por 72 horas, em um movimento que demonstrou unidade e engajamento. Durante a reunião, os gestores expressaram indignação com a falta de avanços nas tratativas e reforçaram o compromisso de manter a pressão até que as demandas sejam atendidas.
O presidente do Sindifisco Nacional, Auditor-Fiscal Dão Real, informou que, na sexta-feira (16), enviou um ofício ao secretário de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação (MGI), José Lopez Feijóo, rejeitando a proposta genérica do governo. A premissa apresentada pelo MGI vincula a remuneração total dos Auditores-Fiscais ao maior subsídio do Poder Executivo Federal, o que foi considerado insuficiente pela categoria. Dão Real destacou a importância de uma negociação específica que contemple o reajuste do vencimento básico, uma demanda histórica dos Auditores-Fiscais.
Outro ponto abordado na reunião foi o desconto do bônus de eficiência identificado nas prévias dos contracheques dos servidores que aderiram à greve. O presidente do Sindifisco tranquilizou os colegas, garantindo que os valores serão ressarcidos por meio do Fundo de Corte de Ponto. Além disso, a Direção Nacional está questionando a interpretação da Lei 13.464 pela Coordenação-Geral de Pessoal. Caso o impasse não seja resolvido administrativamente, o sindicato avalia recorrer à Justiça para assegurar os direitos da categoria.
A expectativa dos Auditores-Fiscais é que o MGI agende uma nova reunião ainda nesta semana para avançar nas negociações. Enquanto isso, o CNM e o CDS reforçaram a necessidade de manter a greve forte, com ampla adesão, para pressionar o governo. A paralisação impacta diretamente as atividades da Receita Federal, incluindo o julgamento de processos fiscais, e sinaliza a determinação da categoria em buscar uma solução para suas reivindicações.
Linha do tempo da greve dos Auditores-Fiscais da Receita Federal
Semana anterior a 19 de maio de 2025: Auditores-Fiscais realizam greve de 72 horas, exigindo reajuste do vencimento básico e contestando mudanças no cálculo do bônus de eficiência (Resoluções 7 e 8).
16 de maio de 2025: Sindifisco Nacional envia ofício ao Ministério da Gestão e da Inovação (MGI), rejeitando a premissa genérica proposta pelo governo para as negociações salariais.
19 de maio de 2025: Reunião telepresencial com cerca de 90 participantes, incluindo o Comando Nacional de Mobilização, a Direção Nacional e o Conselho de Delegados Sindicais, decide por nova paralisação de três dias.
20 de maio de 2025: Início da nova greve de três dias, comunicada oficialmente à Administração da Receita Federal pelas Delegacias de Julgamento (DRJ).
Próximos dias: Expectativa de nova reunião com o MGI para avançar nas negociações.
A mobilização dos Auditores-Fiscais da Receita Federal destaca a relevância da categoria para o funcionamento do Estado e evidencia a necessidade de diálogo com o governo para atender às demandas por valorização profissional. A continuidade da greve dependerá dos desdobramentos das negociações nos próximos dias.
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