Greve geral na Argentina paralisa transportes e afeta voos internacionais; Gol e Latam cancelam operações
Paralisação nacional contra medidas econômicas de Milei atinge todos os modais de transporte e deixa principais cidades sem mobilidade. Aéreas brasileiras oferecem alternativas aos passageiros
A Argentina amanheceu praticamente paralisada nesta quarta-feira (30) devido a uma greve geral do setor de transportes que afeta todos os serviços essenciais de mobilidade, incluindo trens, ônibus, metrô, táxis e operações aeroportuárias. A paralisação, convocada pela Confederação Argentina de Trabalhadores do Transporte (CATT) e pela União Geral de Trabalhadores (UGT), é um protesto contra as medidas de ajuste econômico implementadas pelo governo do presidente Javier Milei.
O impacto da greve se estende além das fronteiras argentinas, afetando significativamente as operações aéreas internacionais. As principais companhias aéreas brasileiras, Gol e Latam, foram forçadas a cancelar diversos voos de e para o país vizinho, deixando centenas de passageiros com planos alterados.
A Gol anunciou a suspensão total de suas operações nas quatro cidades argentinas onde mantém voos regulares: Buenos Aires, Córdoba, Mendoza e Rosário. Como medida compensatória, a companhia programou voos extras para os dias 31 de outubro e 1º de novembro, buscando minimizar os transtornos aos passageiros.
Por sua vez, a Latam cancelou dez voos entre cidades argentinas e São Paulo, conseguindo reagendar apenas três deles até o momento. A empresa está oferecendo alternativas aos passageiros através de seu canal digital "Minhas Compras".
Ambas as companhias estão oferecendo flexibilidade aos clientes afetados. Os passageiros podem optar pela remarcação sem custos adicionais ou pelo reembolso integral do valor pago. No caso da Latam, a remarcação pode ser feita para qualquer data dentro do período de um ano a partir da compra original, desde que mantida a mesma categoria de assento.
A paralisação, que conta com ampla adesão dos trabalhadores do setor de transportes, afeta praticamente todos os serviços de mobilidade urbana e interurbana na Argentina. Segundo fontes sindicais, a adesão à greve chegou a 90% em algumas modalidades de transporte, demonstrando o forte impacto das medidas econômicas do governo Milei no setor.
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Os protestos são uma resposta às recentes medidas de ajuste fiscal e econômico implementadas pelo governo argentino, que incluem cortes em subsídios ao transporte e outras medidas de austeridade que, segundo os sindicatos, afetam diretamente os trabalhadores do setor e a população em geral.
Para os passageiros com voos afetados, as recomendações são:
Verificar regularmente o status do voo nos canais oficiais das companhias
Manter os dados de contato atualizados para receber informações via SMS e email
Utilizar os canais digitais das empresas para remarcação ou solicitação de reembolso
Ficar atento às alternativas de voos extras oferecidos nos próximos dias
A previsão é que os serviços de transporte comecem a ser normalizados gradualmente a partir da meia-noite de quinta-feira (31), mas as companhias aéreas recomendam que os passageiros continuem monitorando a situação de seus voos, pois pode haver impactos residuais nas operações dos próximos dias.