Governo Federal acelera transformação digital com recordes de contratações em TI: ANATI lidera defesa por valorização profissional
Com nomeações que superam 900 vagas desde 2023, a carreira de Analista em Tecnologia da Informação ganha protagonismo no Executivo – mas desafios salariais persistem, e associação cobra ações urgentes
Nos últimos três anos, o governo federal tem priorizado a recomposição do quadro de Analistas em Tecnologia da Informação (ATI), uma carreira estratégica criada em 2006 pela Lei nº 11.350 e essencial para o funcionamento dos serviços digitais públicos. Sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) emitiu portarias e decretos que autorizaram mais de 480 vagas desde 2023, representando o maior ciclo de contratações na história da função. Essa expansão reflete o compromisso com a modernização do Estado, sustentando plataformas como gov.br, eSocial, Meu INSS e Conecte SUS, acessadas por milhões de brasileiros diariamente.
Em 2023, a Portaria MGI nº 2.778, de 16 de junho, autorizou concurso para 300 cargos de ATI, visando preencher lacunas acumuladas em órgãos do Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (SISP). O edital do concurso já apontava 417 vagas ociosas, evidenciando anos de subinvestimento na área. No ano seguinte, a tendência se acelerou: em setembro de 2025, o governo liberou 182 nomeações de aprovados no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 1), com foco em reforçar a infraestrutura digital. Recentemente, em outubro, mais 169 analistas foram empossados, distribuídos em ministérios como o da Gestão e da Saúde, para atuar em projetos transversais de inovação.
Um decreto complementar previu o provimento excepcional de 300 cargos, parte de um pacote de quase 2 mil vagas no Executivo. Ao todo, projeções indicam que até o fim de 2025, mais 417 nomeações serão efetivadas, elevando o total para perto de 900 contratações no período. Esses avanços não são isolados: eles integram a estratégia de governança digital do MGI, que rebate críticas sobre defasagem salarial ao destacar reajustes de até 61% na carreira desde 2023. No entanto, relatórios da área apontam que os salários iniciais ainda ficam 24% a 170% abaixo do mercado privado, o que impulsiona debates sobre retenção de talentos.
ANATI: Pilar de apoio e articulação para os novos analistas
Nesse contexto de crescimento acelerado, a Associação Nacional dos Analistas em Tecnologia da Informação (ANATI) emerge como voz ativa e estrutura de suporte indispensável. Fundada para representar os cerca de 2 mil servidores da carreira, a entidade tem intensificado ações de integração, advocacia e monitoramento, especialmente com a chegada de novos profissionais via CPNU.Em 2025, a ANATI mobilizou-se pela Emenda nº 40 ao Projeto de Lei nº 1.466, de 2 de abril, que cria novas carreiras no Executivo e propõe equiparação remuneratória para ATIs, alinhada a propostas da associação. A emenda, apresentada em plenário da Câmara dos Deputados em maio, altera anexos para valorizar funções técnicas em TI, buscando corrigir distorções históricas. Além disso, a entidade mantém grupos de comunicação em redes sociais, como WhatsApp e Instagram, para orientar nomeados sobre prazos, relocação e formação na Escola Nacional de Administração Pública (ENAP).
Um exemplo concreto é o apoio aos 500 candidatos convocados em 2025: apesar do chamado, apenas 183 completaram o curso de formação, revelando uma taxa de evasão de cerca de 63% nas etapas iniciais – um alerta lançado pela ANATI para riscos de “apagão” tecnológico no setor público. A associação atribui isso a custos de mudança, defasagem salarial e falta de incentivos, e tem pressionado o MGI por políticas de retenção, incluindo protestos em abril por reajustes médios de 80%.
Para Charlene Santos, Analista em TI no Ministério da Saúde, a ANATI foi crucial na transição da iniciativa privada para o serviço público. Em entrevista recente à associação, ela compartilhou: “Conheci a ANATI por meio de um grupo de WhatsApp criado para integrar os candidatos. Esse espaço foi fundamental para aproximar as pessoas, formamos grupos de caronas, trocamos informações sobre prazos e até nos ajudamos com a mudança para Brasília”. Vinda de anos desmotivadores no setor privado, Charlene vê a posse como “uma virada de página”, com a entidade proporcionando segurança e pertencimento.
O analista Marlon Oliveira, do Ministério de Minas e Energia, ecoa essa visão. Em depoimento no site da ANATI, ele destacou o acompanhamento desde o pré-curso: “A associação esteve presente desde antes do curso de formação, organizando informações, intermediando diálogos com a ENAP e acompanhando as dificuldades dos alunos. Essa proximidade mostrou que não estamos sozinhos”. Para Marlon, o trabalho da ANATI em mídia, Congresso e negociações eleva a visibilidade da carreira: “Isso dá voz à categoria e ajuda a mostrar à sociedade o quanto a TI é essencial para o funcionamento do Estado”.
Luiz Almeida, integrante da diretoria da ANATI, resume os desafios em análise recente: “Os desafios ainda são grandes. A defasagem salarial, os custos de relocação e a falta de políticas consistentes de valorização ainda dificultam a atração e retenção de profissionais qualificados. Mas seguimos atuando de forma técnica e articulada para mudar esse cenário”. Sob a presidência de Luiz Alexandre Rodrigues Silva para o biênio 2025-2026, a entidade continua a fiscalizar dados e propor soluções, como o Termo de Acordo nº 05/2023 com o MGI para estruturação da carreira.
O papel estratégico da TI na modernização do Estado
Os Analistas em TI atuam de forma transversal no SISP, planejando e mantendo sistemas que democratizam o acesso a serviços públicos. Plataformas como a Carteira Nacional de Vacinação Digital e o SouGov.br, por exemplo, dependem diretamente desses profissionais para garantir segurança, eficiência e inclusão digital. Com a expansão, o governo visa não só recompor quadros, mas elevar a capacidade técnica do Estado, alinhando-se à agenda de inovação do MGI.
Esse movimento conjunto – entre contratações recordes e advocacy da ANATI – sinaliza uma guinada positiva, mas sustentável apenas com reformas salariais e de estrutura. Sem elas, o risco de perda de talentos para o privado persiste, como alertado em debates no Congresso e na imprensa especializada.
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