Golpes financeiros em alta: o alerta do caso GR Canis Majoris
Por Jorge Calazans*
O aumento de fraudes financeiras no Brasil expõe uma fragilidade preocupante do mercado de investimentos: a facilidade com que esquemas fraudulentos se estruturam por meio de fundos, gestoras e intermediários que simulam credibilidade para atrair investidores. O caso da GR Canis Majoris é um retrato emblemático desse fenômeno, revelando como estruturas empresariais complexas podem ser usadas para mascarar práticas ilícitas e dificultar o ressarcimento das vítimas.
A estrutura formal das empresas não pode servir como escudo para impedir a reparação dos prejuízos. Esse entendimento, já consolidado na jurisprudência, permite a responsabilização solidária não apenas da empresa que firmou contratos diretamente com os consumidores, mas também de administradoras, gestoras e plataformas financeiras que contribuíram para dar aparência de legalidade ao esquema.
No caso específico da GR Canis Majoris, relatórios da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já haviam apontado falhas relevantes na administração do Fundo Ultimate e da gestora de ativos Florida Investimentos. Diante disso, o Poder Judiciário vem reconhecendo a existência de um grupo econômico de fato, afastando alegações de ilegitimidade apresentadas por algumas das empresas envolvidas.
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