Gigante russo Svetofor desembarca no Brasil com modelo de lojas ultra-baratas
A rede Vantajoso promete revolucionar o atacarejo com preços até 30% menores, sem frescuras: foco total na economia para o consumidor de baixa renda
O varejo brasileiro está prestes a ganhar um novo competidor de peso, vindo diretamente da Rússia. O grupo Svetofor, uma das maiores redes de ultra-hard-discount do mundo, planeja abrir sua primeira loja no País ainda em 2025, sob a bandeira Vantajoso. A estreia deve ocorrer na cidade de Americana, no interior de São Paulo, marcando a entrada inédita de capital russo no setor de supermercados nacional. Segundo fontes recentes, o modelo pode se expandir rapidamente para Campinas e outras localidades próximas, com ambições de instalar até 50 unidades em dois a três anos, concentradas nas periferias de cidades nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Karina Storozhenko, executiva responsável pela implantação da rede no Brasil, destaca a atratividade do mercado local. O tamanho do mercado e o fato de o atacarejo ter caído no gosto dos brasileiros fizeram o grupo russo se interessar pelo País. A grande extensão territorial e diversidade de renda da população também atraíram a companhia, afirma ela. A estratégia inicial foca no Sudeste, região que concentra a maior fatia do consumo brasileiro, com lojas de cerca de 1.000 metros quadrados, sortimento reduzido de produtos essenciais e operações simplificadas para manter preços constantemente baixos. Inicialmente, as unidades não oferecerão serviços como padaria ou açougue, priorizando a exposição direta de itens em paletes e mínima decoração para cortar custos.
Esse formato, conhecido como ultra-hard-discount, vai além do hard-discount tradicional, eliminando intermediários na cadeia de suprimentos e reduzindo promoções sazonais. O público-alvo principal são consumidores de renda média e baixa, mas Storozhenko ressalta que clientes de maior poder aquisitivo também podem ser atraídos pela relação custo-benefício. A lógica operacional do modelo de loja de ultra-hard-discount é economizar em tudo para oferecer preços baixos continuamente, explica a executiva. Relatos indicam que os preços podem ser até 30% inferiores aos dos atacarejos atuais, o que representa um desafio direto a gigantes como o Atacadão, do grupo Carrefour.
Um modelo de sucesso global com olhos no Brasil
Fundado em 2009 pela família Schneider, o Svetofor opera mais de 2 mil lojas na Rússia (sob a marca homônima) e na Europa e na Comunidade dos Estados Independentes (CEI), com a bandeira Mere desde 2018. A expansão para o Brasil ganhou força após o conflito entre Rússia e Ucrânia limitar o crescimento europeu, redirecionando o foco para mercados emergentes. Marcos Escudeiro, ex-executivo de supermercados, conselheiro de empresas e professor de Varejo na ESPM, vê potencial no formato. “Acompanho a evolução do varejo alimentar no mundo e sempre me surpreendo com o crescimento dos hard discounters, seja em países de alta renda ou em nações com menor renda”, comenta ele.
Escudeiro cita exemplos globais de sucesso: as alemãs Aldi e Lidl, com mais de 12 mil lojas cada em 20 países, lideraram a abertura de áreas de vendas nos EUA em 2024. Na Polônia, a Biedronka (do grupo português Jerónimo Martins) domina; na Colômbia, a ARA e a D1 somam milhares de unidades; na Turquia, a BIM ultrapassa 12 mil lojas; e no México, a Femsa opera 300 com a Bara, enquanto a 3B expande para a Bolívia. O ultra-hard-discount é o sucessor do atacarejo, prevê o especialista, argumentando que a sofisticação recente dos atacarejos – com mais serviços e experiências de compra – elevou custos operacionais, enquanto pesquisas mostram a redução da diferença de preços em relação a supermercados tradicionais. No Brasil, onde as classes C, D e E representam a maioria da população, o bolso é o primeiro motivo da compra, reforça ele.
Ineditismo e desafios no Mercado Nacional
Diferente do atacarejo, que exige compras em volume e oferece serviços extras, o ultra-hard-discount aposta na simplicidade radical: margens mínimas, sortimento enxuto e negociações diretas com fornecedores. No Brasil, tentativas passadas, como o Minibox do Grupo Pão de Açúcar nos anos 1980 e o Econ, apoiado pelo Bank of America nos 2000, fracassaram por questões internas. Hoje, o capital estrangeiro no setor é modesto: segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), entre as dez maiores redes por faturamento, apenas o Carrefour (francês, líder com o Atacadão) e a Cencosud (chilena, oitava posição) são estrangeiras. Outras, como Walmart (EUA), Sonae e Jerónimo Martins (Portugal), já saíram do mercado.
A chegada do Svetofor, de capital fechado e familiar, fatura “centenas de bilhões de rublos” (sem detalhes públicos), mas não revela investimentos no Brasil. Discussões em redes sociais, como postagens recentes no X (antigo Twitter), destacam o entusiasmo com os preços baixos, mas também questionam adaptações culturais e logísticas em um país de dimensões continentais. Jornais como O Estado de S. Paulo e a Revista Oeste reportam que a primeira unidade em Americana deve abrir até dezembro de 2025, com expansão para periferias urbanas.
Analistas preveem que o modelo pode capturar fatias perdidas pelo atacarejo, impulsionado pela inflação persistente e pela busca por economia.
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