Fake news sobre Pix mantiveram brecha para esquema do PCC, revela Receita Federal
Descubra como uma onda de desinformação política facilitou bilhões em lavagem de dinheiro pelo crime organizado – e por que isso afeta todos os brasileiros
A Receita Federal divulgou nesta quinta-feira (28 de agosto de 2025) que a revogação de uma instrução normativa, influenciada por uma "onda de fake news" sobre a suposta taxação do Pix, manteve uma brecha explorada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) em um megaesquema de fraudes no setor de combustíveis. A norma, que vigorou por apenas 15 dias no início de 2025, visava aumentar a fiscalização sobre transações financeiras acima de R$ 5.000 via Pix para pessoas físicas, além de monitorar mais de perto bancos digitais e fintechs – instituições financeiras digitais usadas pela facção para lavar dinheiro.
A decisão de revogar a instrução veio após repercussão negativa nas redes sociais, impulsionada por um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que criticou a medida como uma forma de tributação. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), elogiou o recuo na época como uma vitória política. No entanto, a Receita Federal agora afirma que essa revogação preservou vulnerabilidades no sistema financeiro, permitindo que o PCC operasse com maior liberdade.
De acordo com investigações das operações Carbono Oculto, Quasar e Tank, deflagradas nesta quinta-feira, o PCC utilizava fintechs como "bancos paralelos" para movimentar recursos ilícitos. Uma dessas empresas de pagamento, controlada pela organização, registrou transações superiores a R$ 46 bilhões entre 2020 e 2024. Além disso, auditorias identificaram mais de 10.900 depósitos em espécie entre 2022 e 2023, totalizando R$ 61 milhões. O esquema envolvia irregularidades em mais de 1.000 postos de combustíveis em 10 estados, com movimentações de R$ 52 bilhões no período.
A Receita destacou brechas regulatórias, como as "contas-bolsão" – contas em nome das fintechs em bancos comerciais onde recursos de clientes transitam sem segregação – e a ausência de obrigatoriedade de declaração via e-Financeira, que dificultam o rastreamento. "Em 2024, a Receita Federal promoveu alterações normativas referentes à e-Financeira visando dar maior transparência e diminuir a opacidade das instituições de pagamento, alterações essas revogadas no início de 2025 após onda de fake news sobre o tema", declarou a Receita em nota oficial.
Investigações adicionais revelam que o PCC controlava cerca de 40 fundos de investimentos com patrimônio superior a R$ 30 bilhões, infiltrando-se no setor financeiro, incluindo a Faria Lima, centro econômico de São Paulo. O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou que as operações demonstram como as fake news beneficiaram o crime organizado: "Quem ganhou com as fake news sobre a Receita foi o crime organizado". A Polícia Federal e a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional bloquearam R$ 1,2 bilhão em bens dos envolvidos, incluindo imóveis e veículos.
Nas redes sociais, o tema gerou debates acalorados. Usuários criticaram Nikolas Ferreira por disseminar desinformação que, segundo eles, indiretamente auxiliou o PCC. Um post viral no X (antigo Twitter) destacou: "SEU PILANTRA,FASCISTA GOLPISTA,VC COM A SUA FAKE-NEWS SOBRE O PIX IMPEDIU QUE A RECEITA FEDERAL FISCALIZASSE MAIS DE PERTO ESSAS 'FINTECHS' USADAS PELO PCC PARA LAVAGEM DE DINHEIRO E OCULTAÇÃO DE PATRIMÔNIO!". Outros relatos apontam que beneficiários de programas sociais realizaram transações com redes ligadas ao esquema, ampliando o impacto social.
O esquema, investigado por órgãos como o Ministério Público Federal, Polícia Federal, ANP e secretarias estaduais de Fazenda, abrange 350 alvos em oito estados: São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio de Janeiro e Santa Catarina. A Receita descreveu o arranjo como um "sofisticado esquema engendrado pela organização criminosa", que utilizava centenas de empresas para dissimular recursos de origem ilícita, resultando em sonegação fiscal e adulteração de produtos.
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