Execução de três jovens em Buenos Aires transmitida ao vivo por traficantes choca a Argentina e expõe avanço do crime organizado
Brenda del Castillo, Morena Verdi e Lara Gutiérrez foram torturadas e assassinadas em Florencio Varela; crime foi ordenado por líder de facção e exibido em rede social para grupo fechado
A Argentina vive dias de comoção e indignação após a descoberta de um crime que ultrapassa os limites da crueldade. Os corpos de Brenda del Castillo (20), Morena Verdi (20) e Lara Gutiérrez (15) foram encontrados enterrados no quintal de uma casa em Florencio Varela, na Grande Buenos Aires, na quarta-feira (24).
As jovens foram torturadas, esquartejadas e assassinadas por ordem de um narcotraficante conhecido como “Little J” ou “Julito”, de 23 anos. O crime foi transmitido ao vivo pelo Instagram para um grupo fechado de 45 pessoas, em uma sessão que, segundo o ministro da Segurança da Província de Buenos Aires, Javier Alonso, tinha como objetivo “construir uma imagem terrorista para o líder da organização”.
A investigação aponta que as vítimas foram enganadas para comparecer à casa, acreditando que participariam de um evento social. “Elas foram por vontade própria, levadas por alguém que havia conquistado sua confiança”, afirmou Alonso. A residência integra uma rede de distribuição de drogas que atua na periferia sul da capital e em bairros da cidade de Buenos Aires. A jovem Lara Gutiérrez teve os cinco dedos da mão esquerda e parte de uma orelha amputados antes de ser morta, evidenciando o grau de sadismo envolvido.
Prisões e desdobramentos da investigação
Até o momento, doze pessoas foram presas, incluindo duas mulheres e dois homens flagrados limpando a cena do crime. Os detidos foram encaminhados ao Penal de Melchor Romero e responderão por homicídio qualificado, com agravantes como premeditação, ensaimento e violência de gênero. A polícia investiga se as jovens foram usadas como “mensageiras” para punir outra pessoa que teria traído o líder da quadrilha. A principal hipótese é que uma delas teria se apropriado de drogas pertencentes à organização.
A transmissão do crime pelas redes sociais representa um novo patamar de violência e exposição, com o objetivo claro de instaurar o medo e consolidar o poder de líderes do tráfico sobre territórios e populações vulneráveis. A polícia argentina trabalha para identificar todos os participantes da sessão virtual e os envolvidos na execução.
Clamor por justiça e dor das famílias
A mãe de Brenda, Paula del Castillo, fez um apelo emocionado à imprensa: “Mataram minha filha. Exijo justiça para minha filha, que todos que têm que pagar paguem. Tiraram minha filha de mim; ela era uma boa menina. Nenhuma dessas três meninas merecia acabar como acabaram”. Em lágrimas, ela concluiu: “Quero todas elas na cadeia!”
A fala de Paula ecoa o sentimento de revolta que tomou conta das redes sociais e das ruas. Movimentos feministas convocaram uma marcha nacional para este sábado, com o lema “Nenhuma vida é descartável”, denunciando o aumento da violência de gênero e a atuação impune de facções criminosas.
Impacto social e mobilização nacional
Segundo dados divulgados durante os protestos, uma mulher é assassinada a cada 36 horas na Argentina. O governador da Província de Buenos Aires, Axel Kicillof, declarou: “O narcotráfico não conhece fronteiras nem jurisdições e também comete todas as formas de violência de gênero. Todos devemos nos envolver na luta para erradicá-lo”. A ministra das Mulheres, Gêneros e Diversidade, Ayelén Mazzina, também se manifestou, afirmando que o governo federal está acompanhando o caso e oferecerá apoio às famílias.
Especialistas em segurança pública alertam para a necessidade de ações coordenadas entre governos e plataformas digitais para impedir que crimes como esse sejam usados como espetáculo. A exibição da tortura e execução de adolescentes em tempo real é um alerta grave sobre os limites da impunidade e da desinformação.
O assassinato de Brenda, Morena e Lara não pode ser tratado como mais um número nas estatísticas. É hora de exigir justiça, responsabilização e políticas públicas eficazes contra o avanço do crime organizado e a violência de gênero. Comente abaixo sua opinião e compartilhe este conteúdo para ampliar o debate sobre segurança, juventude e direitos humanos.
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