Evangelizador é condenado por crimes chocantes no Cesea de Ariquemes: Abuso, drogas e tentativa de fuga
Abuso sexual, tráfico de drogas e tentativa de fuga marcam caso chocante no Cesea, revelado pelo Ministério Público de Rondônia
Um caso alarmante veio à tona em Ariquemes, Rondônia, com a condenação de um evangelizador por uma série de crimes cometidos contra adolescentes internados no Centro Socioeducativo (Cesea). A sentença, obtida pelo Ministério Público de Rondônia (MPRO), expõe a gravidade dos atos praticados entre maio e junho de 2024, incluindo exploração sexual, fornecimento de drogas e tentativa de facilitar a fuga de internos. A notícia reforça a importância de fiscalizar quem tem acesso a espaços de vulnerabilidade, como unidades socioeducativas.
De acordo com a denúncia do MPRO, conduzida pela promotora de Justiça Elba Souza de Albuquerque e Silva Chiappetta, o réu, que atuava há mais de 10 anos no Cesea sob a justificativa de prestar assistência religiosa, aproveitava a confiança depositada pela instituição para cometer os crimes. Durante suas visitas, ele se aproximava dos adolescentes, iniciando conversas com cunho sexual que culminaram em atos libidinosos contra pelo menos uma vítima. Os abusos, praticados em ao menos duas ocasiões, eram disfarçados como momentos de oração junto às celas.
A investigação revelou que o evangelizador manipulava os internos, oferecendo maconha e ferramentas – como duas serras – em troca de vantagens sexuais. A condição de vulnerabilidade dos adolescentes, somada à troca de favores, configurou o crime de exploração sexual. A direção do Cesea, ao tomar conhecimento dos fatos, realizou entrevistas técnicas com outros internos, que confirmaram os abusos em relatos independentes, fortalecendo a denúncia do MPRO.
Além da exploração sexual, o réu foi responsabilizado por tráfico de drogas e por tentar facilitar a fuga de adolescentes. As serras fornecidas seriam usadas para cortar as grades das celas, mas o plano foi descoberto e interrompido por agentes de segurança, que flagraram os jovens durante a tentativa. O relatório da unidade apontou que a ação já estava em curso, o que agravou a situação do condenado.
A Justiça de Rondônia sentenciou o réu a 11 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão, além de 6 meses e 20 dias de detenção, com o pagamento de 365 dias-multa. A pena será cumprida em regime fechado, e a prisão preventiva, decretada ainda em 2024, foi mantida. O caso chocou a comunidade local e levantou debates sobre a necessidade de maior controle e supervisão em instituições que lidam com adolescentes em conflito com a lei.
O desfecho reforça o papel do Ministério Público na proteção dos direitos de jovens em situação de vulnerabilidade e serve como alerta para que casos semelhantes sejam evitados. A condenação é um passo importante para garantir justiça às vítimas e para que instituições como o Cesea aprimorem seus mecanismos de segurança.
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