Estatísticas oficiais em xeque: Informe revela manipulação em indicadores econômicos do governo Milei
Relatório detalhado do Centro de Economía Política Argentina (CEPA) expõe controvérsias metodológicas no Instituto Nacional de Estadística y Censos (INDEC); veja inconsistências
O Instituto Nacional de Estadística y Censos (INDEC), principal órgão responsável pelas estatísticas oficiais da Argentina, enfrenta críticas crescentes sobre a metodologia utilizada em indicadores centrais da economia e da sociedade durante a gestão do presidente Javier Milei (La Libertad Avanza). Um relatório recente do Centro de Economía Política Argentina (CEPA), divulgado em dezembro de 2025 e amplamente repercutido na imprensa argentina, analisa em profundidade essas controvérsias, identificando inconsistências em dados de salários, pobreza, inflação, atividade econômica e turismo.
De acordo com o documento do CEPA, as modificações metodológicas introduzidas desde o final de 2023 geram problemas de comparabilidade histórica e podem alinhar os resultados à narrativa oficial do governo, subestimando desafios graves como a crise econômica e social.
Um dos pontos mais destacados é a evolução dos salários no emprego não registrado. O INDEC registra um aumento real acumulado de 27,2% entre a posse de Javier Milei em dezembro de 2023 e maio de 2025, apresentando um “desacople significativo respecto del resto de los asalariados”, conforme o relatório. Essa variação se baseia na Encuesta Permanente de Hogares (EPH), que passou a captar com maior precisão ingressos não laborais previamente sub-registrados, como Tarjeta Alimentar, pensões não contributivas, Progresar e outros programas sociais. No entanto, o CEPA critica que o INDEC não explicou o impacto dessas mudanças na série histórica, afetando não apenas a medição salarial, mas também os cálculos de pobreza e comparações com indicadores como o salário registrado do SIPA.
No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o problema reside na utilização de uma cesta de consumo e ponderadores desatualizados, que não refletem os padrões atuais de gasto das famílias. O relatório aponta subponderação de aumentos em tarifas, aluguéis e combustíveis. Assim, “entre noviembre de 2023 y noviembre de 2025, la inflación acumulada sería de 288,2 por ciento com ponderadores actualizados, frente al 249,5 por ciento resultante de la metodología vigente”, uma brecha relevante inclusive assinalada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
A medição da pobreza também é alvo de críticas. A Canasta Básica Total (CBT) subestima o peso atual de serviços e transporte, com a Canasta Básica Alimentaria (CBA) representando cerca de 45% da CBT — valor superior ao observado em enquetes anteriores. Combinado aos ajustes na EPH, que melhoram a captação de ingressos nos deciles mais baixos, isso compromete a comparabilidade e confiabilidade dos indicadores de pobreza.
Quanto à atividade econômica, o Estimador Mensual de Actividad Económica (EMAE) de setembro de 2025 aplicou revisões de magnitude incomum, alterando dados até seis meses anteriores. O crescimento foi impulsionado quase exclusivamente pela intermediação financeira e impostos líquidos de subsídios, enquanto setores como indústria e construção registraram quedas. A consultoria Equilibra destacou que essas revisões elevaram o dado de agosto em 1%, resultando em expansão de 0,5% no terceiro trimestre e evitando a caracterização técnica de recessão.
Por fim, o setor de turismo enfrenta interrupções nas enquetes Encuesta de Turismo Internacional (ETI) e Encuesta de Ocupación Hotelera (EOH), devido à não renovação de financiamento pela Secretaria de Turismo. O CEPA registra perda de cerca de 450 empresas hoteleiras e 7.257 postos de trabalho registrados desde a posse de Milei, segundo a Superintendencia de Riesgos del Trabajo (SRT).
Essas questões, conforme o CEPA, não apenas reduzem a credibilidade das estatísticas oficiais, mas dificultam análises precisas e podem minimizar problemas que demandam atenção urgente das políticas públicas.
O que você acha dessas críticas ao INDEC? Acredita que as metodologias afetam a percepção da realidade econômica? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe este artigo para debatermos o impacto das estatísticas oficiais na Argentina!
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