Ernesto Iannoni contra os filhos: A batalha judicial pela Flexform
Uma disputa familiar milionária que revela segredos de uma das maiores fabricantes de cadeiras do mundo. Quem está com a razão?
Uma história de sucesso empresarial transformou-se em um drama familiar que poderia ser roteiro de novela. Ernesto Iannoni, de 89 anos, fundador da Flexform, uma das cinco maiores fabricantes de cadeiras de escritório do planeta, está em guerra judicial contra seus próprios filhos, Marco e Pascoal Iannoni, desde 2010. O motivo? Uma suposta fraude milionária na sucessão da empresa, que já chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. Este caso, que mistura negócios, família e acusações graves, tem chamado a atenção do público e da mídia. Confira os detalhes dessa disputa que parece longe de um desfecho.
O início do conflito: A sucessão da Flexform
Tudo começou em 2010, quando Ernesto decidiu se aposentar e transferir o controle da Flexform Indústria Metalúrgica Ltda. para seus filhos. Pelo acordo firmado, o patriarca deveria receber 25% do valor da companhia, que seria avaliado posteriormente. Na época, segundo a defesa de Ernesto, a empresa valia cerca de R$ 200 milhões, o que garantiria ao fundador aproximadamente R$ 50 milhões. No entanto, ele alega ter recebido apenas R$ 16 milhões, o que desencadeou a batalha judicial em 2013.
A defesa de Ernesto, liderada pelo advogado Rafael Carneiro, afirma que os filhos teriam manipulado os números da empresa para subvalorizá-la. Em declaração à imprensa, Carneiro foi enfático: “O que moveu o senhor Ernesto a processar os filhos foi ter descoberto que eles fraudaram a contabilidade da empresa para subvalorizá-la e pagar menos do que lhe era devido.”
Acusações de fraude e novas evidências
As acusações de Ernesto ganharam força com um recente laudo da Polícia Civil de São Paulo, que apontou uma escrituração irregular de cerca de R$ 70 milhões. O documento sugere que outra empresa pode ter sido usada como fachada para ocultar bens, reforçando as suspeitas de fraude. Segundo a defesa, o laudo criminal reconhece o uso de “empresas de fachada, notas fiscais frias e omissão de patrimônio”, o que agrava ainda mais as denúncias contra Marco e Pascoal.
A resposta dos filhos
Procurados pela reportagem do Fantástico, os irmãos Marco e Pascoal Iannoni optaram por não conceder entrevista gravada. Em nota oficial, lamentaram a continuidade do conflito, afirmando que a disputa “apenas gera sofrimento a todos os envolvidos”. Eles destacaram que Ernesto já moveu 22 processos sobre os mesmos fatos nos últimos 14 anos, dos quais 20 foram julgados improcedentes. Para os filhos, o novo inquérito seria apenas mais uma tentativa de reabrir uma discussão que já teria sido encerrada pelo Judiciário.
Além disso, os irmãos trouxeram à tona questões pessoais que intensificam o drama familiar. Segundo eles, Ernesto chegou a solicitar exames de DNA em quatro ocasiões distintas, quando os filhos já eram adultos, o que consideram um “duro golpe para a família”. Em 2019, Marco e Pascoal tentaram interditar o pai na Justiça, mas laudos médicos atestaram que Ernesto segue lúcido e apto para gerir seus negócios.
Ernesto, por sua vez, revelou o impacto emocional dessa tentativa de interdição. “Tudo machucou. Mas o que mais machucou é o processo de interdição. Isso não machucou; isso acabou comigo.”, desabafou o empresário, que hoje vive isolado em seu haras de luxo em Capão Bonito (SP), onde cria 70 cavalos puro-sangue lusitano. Ele não vê os filhos nem os seis netos desde 2017, quando compareceu à missa de sétimo dia de sua ex-mulher.
Contexto histórico: Quem é Ernesto Iannoni?
Ernesto Iannoni é um exemplo clássico de imigrante que construiu uma fortuna do zero. Chegando ao Brasil da Itália aos 18 anos, sem dinheiro no bolso, ele fundou a Flexform, que se tornaria uma gigante no mercado de cadeiras de escritório, competindo com marcas globais. Sua trajetória de sucesso, no entanto, contrasta com o isolamento atual e a ruptura familiar causada pela disputa judicial. Questionado sobre a origem do conflito, Ernesto atribui tudo à riqueza: “É a facilidade do dinheiro, é não saber o que precisa pra ganhar esse dinheiro, é nunca ter trabalhado duro.”
Dados adicionais e repercussão
Embora o caso tenha sido amplamente coberto por veículos como o Fantástico, da Globo, a repercussão nas redes sociais também é significativa. No Twitter, internautas comentam a complexidade do caso, com opiniões divididas entre apoio a Ernesto e críticas à postura dos filhos. Um usuário escreveu: “Difícil julgar uma briga familiar, mas R$ 70 milhões em irregularidades não é pouca coisa. Isso precisa ser investigado a fundo.” Enquanto isso, no Instagram, hashtags como #Flexform e #DisputaFamiliar têm sido usadas para compartilhar trechos da reportagem.
Além disso, o caso levanta questões sobre governança corporativa e sucessão em empresas familiares no Brasil. Segundo especialistas consultados pelo g1, muitas disputas semelhantes ocorrem devido à falta de planejamento sucessório e à ausência de acordos claros entre as partes. A Flexform, apesar do conflito interno, continua sendo uma referência no mercado global, com exportações para diversos países.
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Para mais detalhes sobre o caso, acesse a reportagem original no g1.