Eleições 2026: Lula e Bolsonaro lideram intenções de voto em pesquisa Futura 2025, mas inelegibilidades e escândalos podem mudar o jogo
Polarização domina cenários eleitorais, mas inelegibilidades de Bolsonaro e Eduardo e escândalo envolvendo Tarcísio agitam a disputa
A pesquisa eleitoral nacional realizada pela Futura Inteligência em agosto de 2025, com 2.000 entrevistas e margem de erro de 2,2 pontos percentuais, traz um panorama detalhado das intenções de voto para as eleições presidenciais de 2026. Os dados, coletados entre 12 e 18 de agosto, mostram a persistência da polarização entre o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apesar de sua inelegibilidade atual, além de destacar nomes emergentes como Tarcísio de Freitas (Republicanos), atual governador de São Paulo, que aparece como uma terceira via em ascensão, mas enfrenta desafios regionais e escândalos recentes.
Veja os números, os cenários de primeiro e segundo turno, as rejeições, os temas factuais que podem influenciar a corrida eleitoral, e uma análise aprofundada sobre o impacto desses dados no futuro político brasileiro, considerando as barreiras legais e crises de credibilidade dos principais nomes.
Metodologia e caracterização da pesquisa
A pesquisa da Futura Inteligência utilizou a técnica CATI (entrevista telefônica assistida por computador), entrevistando eleitores brasileiros com 16 anos ou mais. O índice de confiança é de 95%. A amostra reflete a diversidade do eleitorado, com 52,3% de mulheres e 47,8% de homens, distribuídos por faixas etárias, regiões, escolaridade e renda familiar. Por exemplo, 42,7% dos entrevistados são do Sudeste, enquanto 27,1% são do Nordeste, e 38,1% possuem ensino fundamental.
Intenção de voto no Primeiro Turno: Polarização e novos nomes
Os cenários de primeiro turno apresentados pela pesquisa mostram Lula e Bolsonaro como os principais contendores, mas com variações dependendo dos candidatos incluídos. Abaixo, detalhamos os principais cenários:
Cenário 1: Lula lidera com 31,3%, seguido por Eduardo Bolsonaro (PL) com 22,0% e Tarcísio de Freitas com 16,9%. Ciro Gomes (PDT) aparece com 11,0%.
Cenário 2: Com Lula a 32,9% e Eduardo Bolsonaro a 26,5%, Ciro Gomes mantém 11,3%, enquanto Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná, surge com 11,1%.
Cenário 5: Quando Jair Bolsonaro entra na disputa, ele alcança 37,6%, contra 34,1% de Lula. Ciro Gomes tem 9,6%.
Cenário 6: Lula obtém 32,6%, seguido por Eduardo Bolsonaro (19,5%) e Tarcísio de Freitas (13,0%), com outros candidatos como Ratinho Júnior e Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, dividindo percentuais menores
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Os dados espontâneos também confirmam a força de Lula (28,2%) e Bolsonaro (26,3%), com Tarcísio de Freitas aparecendo como o terceiro mais lembrado (2,9%). Esses números indicam que, apesar da polarização, há espaço para novos nomes, especialmente de figuras ligadas à direita, como Tarcísio.
No entanto, é importante destacar que Jair Bolsonaro está atualmente inelegível, conforme decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023, que o condenou por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante as eleições de 2022, o que o impede de concorrer até 2030, salvo reversão judicial. Além disso, Eduardo Bolsonaro, que vive nos Estados Unidos, enfrenta processos no Brasil relacionados a investigações sobre disseminação de fake news e outros crimes, o que pode resultar em sua inelegibilidade até 2026, dependendo do desfecho judicial.
Segundo Turno: Empate técnico em alguns cenários
Nos cenários de segundo turno, a disputa permanece acirrada, embora as inelegibilidades possam alterar drasticamente o panorama:
Lula x Jair Bolsonaro: Bolsonaro lidera com 45,3% contra 42,4% de Lula, com 11,2% de votos brancos/nulos. A diferença está dentro da margem de erro, configurando um empate técnico, mas sua inelegibilidade torna este cenário hipotético.
Lula x Tarcísio de Freitas: Tarcísio tem 42,0% contra 40,9% de Lula, outro empate técnico, com 15,3% de brancos/nulos.
Lula x Eduardo Bolsonaro: Lula vence com 43,7% contra 41,9% de Eduardo, mas a diferença também está na margem de erro, e a situação jurídica de Eduardo pode inviabilizar sua candidatura.
Lula x Michelle Bolsonaro: Empate técnico com Lula a 43,7% e Michelle a 43,3%, com 11,9% de brancos/nulos.
Esses números refletem a dificuldade de prever um vencedor claro, especialmente em um contexto de alta rejeição a ambos os polos e incertezas legais envolvendo os Bolsonaros
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Rejeição: Lula e Bolsonaro no topo
A rejeição aos candidatos é um fator crucial. Lula lidera com 46,8% dos eleitores declarando que não votariam nele de jeito nenhum, seguido por Jair Bolsonaro com 40,6%. Eduardo Bolsonaro tem 29,8% de rejeição, enquanto Michelle Bolsonaro registra 25,6%. Nomes como Tarcísio de Freitas (10,7%) e Ronaldo Caiado (Goiás) (9,6%) apresentam rejeição bem menor, o que pode favorecê-los como alternativas, embora Tarcísio enfrente desafios regionais e de credibilidade, como detalhado adiante.
Avaliação dos poderes e do Governo
A pesquisa também avaliou a percepção dos eleitores sobre os poderes e o governo. A aprovação de Lula como presidente é de 43,0%, enquanto 53,0% desaprovam sua gestão. A Presidência da República tem avaliação positiva (ótimo/bom) de 29,9%, mas 45,7% classificam como ruim/péssimo. O Congresso Nacional é ainda mais mal avaliado, com apenas 17,3% de ótimo/bom e 48,4% de ruim/péssimo. O Supremo Tribunal Federal (STF) tem 29,2% de aprovação e 44,8% de reprovação.
No âmbito estadual, a aprovação dos governadores varia, mas 45,8% consideram a gestão estadual como ótimo/bom, contra 21,8% de ruim/péssimo
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Temas Factuais: Impeachment de Moraes e tarifa Trump
Dois temas factuais chamam atenção na pesquisa. Sobre o pedido de impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes, 81,6% dos entrevistados sabiam da movimentação, e 51,4% são a favor do impeachment, enquanto 40,0% são contra. Esse dado reflete a polarização em torno do STF e pode influenciar o debate eleitoral
Outro ponto é a nova tarifa imposta pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre produtos exportados pelo Brasil. 87,7% dos entrevistados estavam cientes da medida. A atuação de Lula nesse episódio foi avaliada como ruim/péssima por 50,0%, enquanto apenas 32,0% consideram ótimo/bom. Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro também receberam avaliações negativas, com 48,2% e 53,3% de ruim/péssimo, respectivamente.
Contexto e Dados Adicionais
Para enriquecer a análise, buscamos informações complementares em fontes confiáveis. Segundo o jornal Folha de S.Paulo (@folha), Jair Bolsonaro segue inelegível devido à condenação no TSE, e sua participação em 2026 dependeria de uma improvável reversão judicial. Sobre Eduardo Bolsonaro, reportagens do G1 indicam que ele reside nos EUA e enfrenta processos no Brasil, incluindo inquéritos sobre fake news no âmbito do STF, o que pode comprometer sua elegibilidade até 2026.
Em relação a Tarcísio de Freitas, apesar de sua ascensão, ele enfrenta dificuldades regionais significativas. Na pesquisa, seu desempenho é mais fraco no Nordeste (onde Lula domina com até 42,5% em alguns cenários) e no Norte, com apenas 14,1% de intenções de voto no Cenário 1, contra números mais robustos no Sudeste (15,2%). Além disso, sua credibilidade foi abalada pelo escândalo envolvendo a Ultrafarma, empresa do empresário Sidney Oliveira, que teve contratos questionados com o governo de São Paulo sob a gestão de Tarcísio.
Segundo notícias recentes do portal UOL, publicadas em 2025, a Ultrafarma estaria envolvida em suspeitas de irregularidades em licitações para fornecimento de medicamentos, o que gerou críticas à transparência da administração estadual e impactou a imagem de Tarcísio como gestor eficiente, especialmente entre eleitores que priorizam ética na política.
Análise: Polarização persiste, mas inelegibilidades e escândalos abrem espaço para mudanças
Os dados da Futura Inteligência confirmam que a polarização entre Lula e Bolsonaro continua sendo o eixo central da política brasileira rumo a 2026. A liderança de ambos nos cenários de primeiro turno e o empate técnico no segundo turno mostram que o eleitorado está dividido, com uma significativa parcela optando por votos brancos ou nulos – um sinal de descontentamento generalizado.
Contudo, a inelegibilidade de Jair Bolsonaro até 2030, salvo intervenção judicial, torna sua candidatura improvável, o que pode fragmentar o eleitorado de direita entre outros nomes, como Eduardo Bolsonaro ou Michelle Bolsonaro. No entanto, Eduardo também enfrenta barreiras legais devido aos processos em curso, vivendo nos EUA e com risco de inelegibilidade, o que pode limitar sua viabilidade como candidato.
Nesse contexto, Tarcísio de Freitas surge como uma alternativa viável à direita, com rejeição baixa (10,7%) e intenções de voto que chegam a 16,9% em alguns cenários. No entanto, sua dificuldade em penetrar regiões como Nordeste e Norte, onde Lula mantém força, é um obstáculo significativo.
Além disso, o escândalo da Ultrafarma abala sua credibilidade, especialmente porque sua imagem de gestor eficiente era um dos pilares de sua popularidade. As suspeitas de irregularidades em contratos públicos podem alienar eleitores que buscam renovação ética na política, dando munição a adversários para questionar sua administração em São Paulo.
Por outro lado, a alta rejeição a Lula (46,8%) reflete desafios em sua gestão, especialmente na economia, onde temas como inflação (52,8% de avaliação ruim/péssima) e geração de empregos (40,3% de ruim/péssima) pesam contra o governo. A percepção negativa sobre sua atuação na questão da tarifa de Trump também pode ser um obstáculo, já que o tema afeta diretamente setores exportadores brasileiros.
A questão do impeachment de Alexandre de Moraes revela outro vetor de tensão. O apoio de 51,4% ao impeachment indica que o STF segue sendo um ponto de atrito político, especialmente entre eleitores de direita, que veem na Corte um obstáculo a suas pautas. Esse debate pode ser explorado por candidatos conservadores para mobilizar suas bases, caso Bolsonaro ou Eduardo não possam concorrer.
Por fim, a pesquisa sugere que 2026 será uma eleição de contrastes: de um lado, a polarização consolidada; de outro, incertezas jurídicas e escândalos que podem abrir espaço para novos nomes. Tarcísio de Freitas e, em menor medida, Ronaldo Caiado e Ratinho Júnior, têm potencial para atrair eleitores desiludidos, mas precisarão superar barreiras regionais e crises de credibilidade para consolidar suas posições.
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