Dólar em queda e inflação despenca: Impactos no Brasil e no mundo
Mercado financeiro reage a índices abaixo do esperado no Brasil e nos EUA, enquanto Lula reforça laços com a China em meio a tensões comerciais
O mercado financeiro global viveu um dia de otimismo nesta terça-feira, 12 de agosto de 2025, impulsionado por dados de inflação mais baixos do que o esperado tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. No Brasil, o dólar atingiu seu menor valor desde junho de 2024, caindo abaixo de R$ 5,40, enquanto o Ibovespa acumulou alta significativa no ano. Nos EUA, o índice de preços ao consumidor (CPI) também trouxe alívio aos investidores, aumentando as apostas em uma redução dos juros pelo Federal Reserve (Fed). Em paralelo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fortaleceu laços diplomáticos com a China, em um momento de tensões comerciais com os EUA.
Inflação no Brasil: IPCA surpreende positivamente
No Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho de 2025 registrou uma alta de apenas 0,26%, bem abaixo das expectativas do mercado, que projetavam 0,36%. O grupo Habitação foi o principal responsável pelo aumento, com alta de 0,91%, impulsionado pelo custo da energia elétrica residencial, que subiu 3,04%. Por outro lado, o setor de Alimentação e Bebidas, que tem grande peso no índice, apresentou deflação de 0,27%, marcando o segundo mês consecutivo de queda.
No acumulado de 12 meses, o IPCA atingiu 5,23%, ainda acima da meta de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2025, a inflação já soma 3,26%. O economista Igor Cadilhac, do PicPay, comentou sobre o resultado: “Qualitativamente, o resultado foi misto, mas melhor do que o esperado. Mantemos nossa projeção de inflação para 2025 em 5,1%.”
Cadilhac também destacou os efeitos deflacionários de curto prazo da guerra tarifária global, embora tenha alertado para a necessidade de cautela ao avaliar os serviços subjacentes, que seguem como um termômetro crítico da inflação.
CPI nos EUA: Mercado aposta em corte de juros
Nos Estados Unidos, o índice de preços ao consumidor (CPI) de julho subiu 0,2% no mês, acumulando 2,7% em 12 meses, abaixo da projeção de 2,8% feita por economistas consultados pela Reuters. Apesar de o núcleo da inflação ter registrado o maior avanço em seis meses, influenciado pelas tarifas impostas pelo ex-presidente Donald Trump, o mercado reagiu positivamente, aumentando as expectativas de um corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve em setembro, para a faixa de 4% a 4,25% ao ano.
Trump, por sua vez, usou suas redes sociais para pressionar o presidente do Fed, Jerome Powell, por uma redução imediata dos juros. “Jerome 'Tarde Demais' Powell deve AGORA baixar os juros”, escreveu Trump, criticando também a gestão de Powell em relação à reforma do prédio do banco central americano.
Mercados globais reagem com otimismo
Os dados de inflação impulsionaram os mercados globais. Em Wall Street, os principais índices fecharam em alta: o S&P 500 subiu 1,13%, o Nasdaq avançou 1,37% e o Dow Jones cresceu 1,09%. Na Europa, o Stoxx 600 ganhou 0,24%, enquanto o CAC 40, de Paris, valorizou 0,71%. Já o DAX, de Frankfurt, registrou leve queda de 0,23%.
No Brasil, o dólar acumulou queda de 12,85% no ano, enquanto o Ibovespa subiu 14,66%, refletindo a confiança dos investidores em um cenário de juros mais baixos e inflação controlada.
Lula e Xi Jinping: Diálogo estratégico em meio a tensões comerciais
Na esfera política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone com o presidente da China, Xi Jinping, na noite de segunda-feira, 11 de agosto. O diálogo abordou o papel do G20 e do BRICS na defesa do multilateralismo, além de questões bilaterais e geopolíticas.
Lula também destacou a importância da China para o sucesso da COP 30, que será realizada em Belém. “Reiterei a importância que a China terá para o sucesso da COP 30 e no combate à mudança do clima. O presidente Xi indicou que a China estará representada em Belém por delegação de alto nível”, afirmou Lula em suas redes sociais.
A conversa ocorre em um contexto de tensões comerciais, especialmente após o aumento de tarifas de importação sobre produtos brasileiros pelos EUA, medida classificada pelo Planalto como unilateral. O diálogo com a China reforça a busca do Brasil por parcerias estratégicas em um cenário global de incertezas.
Guerra Tarifária e Impactos no Brasil
A guerra tarifária entre grandes potências, como EUA e China, tem impactos diretos na economia brasileira. Segundo análise publicada no portal G1, as tarifas impostas por Trump podem gerar efeitos deflacionários no curto prazo, mas também trazem riscos de volatilidade no comércio internacional. O Brasil, que tem na China um de seus principais parceiros comerciais, busca equilibrar suas relações para mitigar os impactos de medidas protecionistas.
Além disso, dados recentes do Banco Central do Brasil indicam que a queda do dólar e a valorização do real podem estimular importações, mas também pressionam exportadores brasileiros, especialmente no setor agropecuário, que dependem de um câmbio favorável para manter a competitividade.
Os dados de inflação mais baixos no Brasil e nos EUA trouxeram alívio aos mercados, com quedas no dólar e altas nas bolsas globais. Enquanto isso, o presidente Lula reforça laços com a China, buscando contrabalançar as tensões comerciais com os EUA. Esses movimentos indicam um cenário de oportunidades, mas também de desafios para a economia brasileira em 2025.
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