Diplomacia da cibersegurança: como acordos globais podem promover a proteção de dados
Por Allan Costa*
A cibersegurança transcende fronteiras em todos os seus aspectos. Os principais grupos criminosos têm afiliados por todo o mundo, não se limitando a barreiras geográficas, e seus alvos também dificilmente estão em um único país ou continente. Ao mesmo tempo, e também considerando esses fatores, o esforço para preservar a integridade digital opera numa escala igualmente global.
A interconectividade do mundo 100% digitalizado em que vivemos tornou todo tipo de infraestrutura, seja ela crítica ou comercial, um potencial vetor de ataque, e que exige uma resposta à altura.
Ao longo dos últimos anos, tivemos iniciativas importantes na tentativa de construir pontes e estreitar relações diplomáticas em prol da segurança digital. Um dos principais marcos foi há dez anos, no Acordo de Paris de 2015. Embora o foco principal do encontro tenha sido o clima, incluiu discussões iniciais sobre cibersegurança, na época, para proteger sistemas relacionados ao monitoramento ambiental.
Dois anos depois, a Microsoft propôs ao mundo as “Convenções Digitais de Genebra”, uma versão aplicável ao ambiente online do documento formulado após a Segunda Guerra Mundial, e que serve até hoje como uma espécie de “manual de regras humanitárias” das guerras.
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