Delegada Ana Paula Balbino é investigada por omissão após marido confessar assassinato de gari em Belo Horizonte
Corregedoria da Polícia Civil aponta que servidora acessou sistema interno e fez 29 buscas sobre o crime antes da prisão do marido; ela foi indiciada por prevaricação e posse ilegal de arma
A Polícia Civil de Minas Gerais enfrenta uma crise institucional após revelações envolvendo a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, investigada por suposta omissão no caso do assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes, ocorrido em 11 de agosto, em Belo Horizonte. O autor confesso do crime é o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, marido da delegada, que foi denunciado por homicídio triplamente qualificado, ameaça e fraude processual.
Segundo apuração da Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), Ana Paula teria feito 29 pesquisas no sistema REDS (Registro de Eventos de Defesa Social), entre 10h30 e 13h20 do dia do crime, buscando informações sobre o próprio nome, o nome da vítima, a placa do carro conduzido por Renê e o nome do marido. A investigação aponta que a delegada ligou para Renê 23 vezes entre 9h18 — nove minutos após o crime — e 16h33, pouco antes da prisão do empresário em uma academia de alto padrão na capital mineira.
Durante depoimento à 4ª Subcorregedoria da PCMG, o irmão da delegada confirmou que ela lhe confidenciou, ainda no dia do crime, que suspeitava do envolvimento do marido. Ele enviou à irmã o link de uma reportagem com imagens do carro usado no homicídio e ligou para “sondar” se o veículo era o mesmo. A delegada teria respondido que estava “atordoada e tentando confirmar se Renê estava envolvido”.
A arma utilizada no crime, uma pistola calibre .380, pertencia à delegada e foi apreendida na residência do casal. Renê alegou que pegou o armamento sem o conhecimento da esposa. A Corregedoria concluiu que Ana Paula sabia que o marido era suspeito, mas não acionou as autoridades, o que levou ao seu indiciamento por prevaricação e posse ilegal de arma.
A defesa da delegada afirmou que não comentará o caso, pois o procedimento corre em sigilo. No entanto, houve um equívoco na tramitação: informações sigilosas da Corregedoria foram anexadas ao processo criminal sem a devida proteção. Segundo os advogados, será apurada a responsabilidade dos envolvidos nesse erro.
O Ministério Público de Minas Gerais avalia a possibilidade de um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) para Ana Paula, já que os crimes atribuídos a ela não envolvem violência ou grave ameaça e têm penas mínimas inferiores a quatro anos.
O caso gerou forte repercussão nas redes sociais e reacendeu o debate sobre o uso indevido de prerrogativas por agentes públicos. A sociedade cobra respostas e medidas que garantam a integridade das instituições e a responsabilização de todos os envolvidos.
O que você pensa sobre o envolvimento da delegada Ana Paula Balbino no caso? A omissão de agentes públicos deve ser punida com rigor? Deixe seu comentário e compartilhe este conteúdo com sua rede!
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