Lula é classificado como um líder político habilidoso, capaz de governar com facilidade, criar maiorias no parlamento, encantamento nas ruas e condescendência da imprensa. Seu terceiro mandato, entretanto, tem sido diferente. Longe das características que o levaram a deixar o Planalto em 2010 com uma popularidade que beirava os 87%, Lula hoje enfrenta seus mais baixos índices de aprovação, com cerca de 46%, e seu governo tem números ainda piores, de 41%.
Fato é que muitos se perguntam se ele perdeu a magia ou a capacidade de mobilizar apoios como no passado. Na verdade, estamos falando sobre uma série de fatores que, somados, provam essa tese. Entretanto, existe um fato que raramente é considerado nessa equação: Lula jamais foi uma figura dotada de uma qualidade ímpar no campo da articulação, mas alguém que tinha, em torno de si, nomes que foram capazes de gerir seu capital político. Longe deles, Lula se tornou um político comum.
Neste terceiro mandato, Lula cometeu um dos erros mais prosaicos da política, aquele que mostra a principal fraqueza de um mandatário: cercou-se de pessoas que apenas concordam com tudo que diz e opina, chamados na política americana de “yes man”. Essas pessoas servem apenas para aplaudir, porém jamais para ponderar, opinar, discordar e oferecer visões diferentes. Um erro comum, mas fatal nas esferas de poder.
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