Correios deixam de repassar R$ 120 milhões ao fundo de pensão dos funcionários, o Postalis
Funcionários da estatal enfrentam nova crise após gestão atual acumular dois meses de atrasos em repasses ao Postalis, mesmo após acordo bilionário firmado em 2023
A situação financeira dos Correios volta a preocupar funcionários e mercado após a confirmação de que a estatal acumula aproximadamente R$ 120 milhões em débitos com o Postalis, fundo de pensão dos funcionários. O atraso, que já soma dois meses completos, afeta dois planos previdenciários e ocorre mesmo após um acordo firmado em 2023 para quitar uma dívida de R$ 7,6 bilhões.
Segundo informações do próprio Postalis, os atrasos se dividem em:
R$ 42,2 milhões referentes ao Postalprev (plano de previdência complementar)
R$ 95,5 milhões relativos ao PBD (Plano de Benefício Definido)
A atual gestão, sob comando de Fabiano Santos da Silva, indicado pelo presidente Lula, enfrenta críticas não apenas pelos atrasos financeiros, mas também por questões de transparência e aumento de gastos. Vale ressaltar que a gestão registrou o maior prejuízo da história da estatal em 2024.
Impacto financeiro dos atrasos
Os atrasos não são apenas prejudiciais aos beneficiários, mas também geram encargos significativos para a própria estatal:
Postalprev: incide 1% ao mês de juros mais 2% de multa sobre o valor em atraso
Plano BD: cobra 0,03% ao dia de juros mais 2% de multa sobre o valor não recolhido
Estratégia para evitar judicialização
Para evitar ações judiciais, a direção dos Correios adotou uma estratégia de não deixar os débitos ultrapassarem 90 dias de inadimplência. Antes desse prazo, a empresa costuma pagar ao menos uma parcela. Com as contribuições de março e abril em aberto, e maio vencendo no início de junho, existe a expectativa de que ao menos o repasse de março seja regularizado.
Pressão interna e conflito de interesses
Um ponto que chama atenção é que Hudson Alves da Silva, presidente do conselho deliberativo do Postalis, também ocupa a função de superintendente executivo de finanças dos Correios, sendo o responsável pela gestão dos pagamentos. Esta situação deve ser tema de discussão na próxima reunião da entidade, marcada para 28 de maio.
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Com informações do Poder360