Correios anunciam corte de R$ 1,5 bilhão em despesas para enfrentar crise financeira
Em medida inédita, estatal suspende férias de funcionários e reduz jornada com corte salarial para tentar equilibrar contas após prejuízo recorde de R$ 2,6 bilhões
Em uma medida sem precedentes que evidencia a grave crise financeira dos Correios, a estatal anunciou nesta segunda-feira (12) um pacote emergencial de cortes que pretende economizar R$ 1,5 bilhão ainda em 2025. O plano, que atinge diretamente os direitos trabalhistas dos funcionários, inclui a suspensão de férias até 2026 e redução de jornada com corte proporcional nos salários.
A empresa, que amargou um prejuízo histórico de R$ 2,6 bilhões em 2024, comunicou internamente uma série de medidas drásticas que entrarão em vigor já a partir de junho. Entre as principais determinações estão:
Redução da jornada para 6 horas diárias (34 horas semanais) dos trabalhadores administrativos, com diminuição proporcional dos salários
Suspensão total das férias de junho/2025 até janeiro/2026
Corte de 30% nas despesas com plano de saúde dos funcionários
Retorno obrigatório ao trabalho presencial em 23 de junho
Prorrogação do PDV até 18 de maio
Redução de 20% no orçamento de funções da sede
Crise profunda
Segundo o comunicado oficial, a deterioração financeira da estatal foi agravada pela queda nas receitas com encomendas internacionais e pelo aumento dos gastos com precatórios e ações judiciais.
A direção dos Correios alega que as medidas são necessárias para "reforçar a capacidade de investimento" e garantir a sustentabilidade financeira da empresa. No entanto, o pacote de austeridade tem gerado forte insatisfação entre os funcionários, que consideram as medidas um retrocesso em seus direitos trabalhistas.
Impacto nos serviços
Além das medidas que afetam diretamente os funcionários, o plano prevê a transferência temporária de carteiros e atendentes para centros de tratamento, o que pode impactar a qualidade dos serviços prestados à população.
A estatal afirma manter seu "compromisso com a transparência e o diálogo", mas o tom do comunicado deixa claro que a empresa apostará em cortes agressivos de despesas como principal estratégia para tentar se reequilibrar financeiramente.
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