Congresso do Peru derruba presidente Dina Boluarte que havia dado golpe em Castillo; José Jerí assume
Em meio a escândalos e uma crise de segurança sem precedentes, agora ex-presidente perde o cargo com 118 votos e abre caminho para o chefe do Legislativo, que assume com discurso de linha-dura
A crise política no Peru atingiu um novo ápice na manhã desta sexta-feira, 10 de outubro. Em uma votação expressa, o Congresso da República destituiu a presidente “Dina Boluarte” (63 anos) do cargo, marcando mais um capítulo na instabilidade que assola o país. Com 118 votos favoráveis dos 122 parlamentares presentes, o impeachment foi aprovado, e o então chefe do Legislativo, “José Jerí”, assumiu imediatamente a presidência.
“Jerí”, um advogado de 38 anos do partido conservador “Somos Peru”, foi empossado para um mandato que se estenderá até julho de 2026, tornando-se um dos chefes de Estado mais jovens do mundo. Ele é o sétimo presidente que o país andino teve desde 2016, um reflexo da profunda turbulência institucional peruana. Neste período, três presidentes foram destituídos pelo Congresso (incluindo “Boluarte”), dois renunciaram para evitar o mesmo destino, e um completou seu mandato interino.
Em seu primeiro discurso após vestir a faixa presidencial, “Jerí” adotou um tom firme e sinalizou que sua principal prioridade será o combate à crescente onda de violência. “O principal inimigo está lá fora, nas ruas, as gangues criminosas, as organizações criminosas. Eles são nossos inimigos hoje e, como inimigos, devemos declarar guerra a eles”, afirmou o novo presidente sob aplausos no Parlamento.
Enquanto isso, nas ruas de Lima, manifestantes comemoravam com bandeiras e cartazes a queda da agora ex-presidente, que optou por não exercer seu direito de defesa durante o processo.
A queda de uma presidente sem apoio
A governabilidade de “Dina Boluarte”, que assumiu em dezembro de 2022 após a destituição de “Pedro Castillo”, já era frágil. Sem partido próprio ou apoio popular significativo, ela se manteve no poder por meio de pactos com forças conservadoras no Congresso. No entanto, esses acordos se desgastaram diante de uma série de escândalos e da deterioração da segurança pública.
A popularidade de “Boluarte” despencou em meio a investigações do “Ministério Público”. Um dos processos apurava as mortes de cerca de 50 pessoas durante a repressão a protestos no início de seu mandato. Outro investigava um suposto abandono de cargo, quando ela teria realizado uma cirurgia plástica sem a devida comunicação ao Congresso. O golpe final em sua imagem foi o escândalo conhecido como “Rolexgate”, no qual foi vista usando joias de luxo não declaradas.
A crise de segurança, com extorsões e assassinatos em níveis alarmantes, foi o estopim. A paralisação de transportadores na capital e um ataque a tiros contra músicos durante um show nesta semana evidenciaram a perda de controle do Estado e aceleraram sua queda.
Com a destituição, “Boluarte” perde o foro privilegiado e poderá ser processada e julgada pelos crimes dos quais é acusada. Ela se junta a uma longa lista de ex-presidentes peruanos com problemas na justiça, como “Alejandro Toledo” e “Ollanta Humala”, que estão presos por corrupção, e seu antecessor, “Pedro Castillo”, detido enquanto aguarda julgamento.
Chamada para ação: A instabilidade política no Peru parece não ter fim. Qual a sua opinião sobre mais esta mudança na presidência? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe esta notícia em suas redes sociais!
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