Coluna - "Um pipoco", diz Ivo Cassol após mudanças na Ficha Limpa; mesmo 'baqueado', italiano lidera em sondagens
E ainda, justiça de Rondônia manda site apagar reportagem sobre Bagattoli; Marcos Rogério se organiza para as eleições e Máximo, o 'inconfiável'
Cautela
Apesar de ter sido aprovado no Senado as alterações na contagem de prazos da Lei da Ficha Limpa, o que, em tese, favorece o ex-governador Ivo Cassol, ele optou por não fazer alarde sobre o tema. Em postagem em seu Instagram pessoal, o italiano foi cauteloso, "Sobre as eleições do próximo ano, esse será um debate para o momento oportuno, ouvindo pessoas e partidos, sempre com responsabilidade de prometer e cumprir."
“Um pipoco"
Em conversa com a coluna PAINEL POLÍTICO nesta quarta-feira, o ex-governador e ex-senador afirmou que ‘não está dando conta de tantas ligações que vem recebendo desde ontem'. Cassol revelou que não fez nenhum movimento no sentido de pressionar a aprovação das novas regras, ‘não fui a Brasília, não falei com ninguém, apenas deixei o barco correr'. Disse também que vai aguardar a sanção presidencial ‘precisamos ver o texto final, o que Lula vai vetar (se vai), e a partir disso, vou avaliar. Mas está um pipoco, o telefone não para'.
Projetos pessoais
Cassol também revelou que está envolvido na construção de uma nova usina de energia elétrica, de 30 megas, e tem se dedicado a isso, ‘tô fazendo o que gosto de fazer, e tenho me dedicado a esse projeto, mas ao mesmo tempo sigo conversando com meu grupo, e estou ouvindo todos'. O italiano está atualmente filiado ao PP, que formou federação com União Brasil, mas ele afirmou que pretende primeiro ver o texto final das alterações para poder falar sobre questões partidárias, ‘não quero fazer nada com pressa ou afobado. Vou aguardar o desfecho para decidir sobre o futuro político”, concluiu.
Liderança de peso
Caso os planetas se alinhem e tudo dê certo para o ex-governador, ele tem tudo para embolar o cenário eleitoral de 2026. Sondagens que incluem seu nome, o colocam entre os primeiros na disputa, sem contar que ele tem o apoio declarado de pelo menos dois senadores de peso, Marcos Rogério e Jaime Bagattoli, ambos do PL. Rogério já declarou que caso Cassol esteja apto, ele apoiaria a candidatura do italiano ao governo, e Bagattoli, mesmo votando contrário as mudanças na contagem de prazos da lei, também apoiaria Ivo Cassol ao governo.
Na dianteira
O Rondoniaovivo divulgou nesta quarta-feira, sondagem eleitoral onde foram ouvidos 1700 eleitores em 38 municípios de Rondônia durante os dias 21 de julho e 15 de agosto com margem de erro é de 2,5 pontos e intervalo de confiança de 95% feita pelo IHPEC. Na pesquisa, Cassol desponta até mesmo na sondagem espontânea (onde nomes não são apresentados ao eleitor) e Cassol surge com 11,9% das intenções, ficando atrás apenas do expressivo número de indecisos (75,4%). Marcos Rogério aparece com 5,5% e Adailton Fúria com 3,8%, enquanto os demais nomes mal ultrapassam a casa de 1%.
Cenários
Na simulação com Cassol, Marcos Rogério, Adailton Fúria, Hildon Chaves e Sérgio Gonçalves, o ex-governador lidera com 35,9%, seguido de Rogério com 26,7% e Fúria com 15,5%. O índice de indecisos ainda é significativo (15,6%). Ao retirar Adailton Fúria e incluir o deputado federal Fernando Máximo, os números mostram um movimento relevante: Cassol sobe para 43,8%, ampliando a distância sobre Rogério (23,5%). Fernando Máximo aparece com 15,5%. Sem Fúria e Rogério, Cassol dispara para 47,6%, enquanto Máximo ocupa a segunda posição com 27,3%. A soma dos demais nomes não ameaça a dianteira, e com a redução dos indecisos (15,8%), Cassol se aproximaria de uma vitória em primeiro turno. A sondagem mostra que o italiano está baleado, mas longe de ser um defunto político.
Alguns links importantes desta quarta-feira…

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Andanças
O ex-senador Expedito Júnior, que ainda não confirmou se será ou não candidato em 2026, vem realizando uma maratona nos municípios do interior de Rondônia. Com agenda de candidato a governo, Júnior tem se reunido com lideranças e aposta na candidatura de Adaílton Fúria, prefeito de Cacoal, ao governo. O ex-senador, que preside o PSD no Estado virou quase onipresente, mas confirmar candidatura, por enquanto, nada.
Grupo à postos
Marcos Rogério tem dividido seu tempo entre Brasília e Rondônia, onde tem ouvido as mais diversas lideranças e aliados no sentido de se organizar para as eleições de 2026. Com capital político consolidado, o senador rondoniense ainda não bateu martelo sobre sua candidatura, ao senado ou governo, mas está deixando a ‘casa arrumada’ para não ter correria de última hora.
‘Vai pra lá e pra cá’
Um político rondoniense confidenciou à coluna que os movimentos do deputado federal Fernando Máximo, que tem se colocado como virtual candidato a governo, estão criando um clima de ‘desconfiança’ em relação as suas intenções. Máximo tem conversado com as lideranças e se coloca a disposição de todos os grupos para uma eventual candidatura, mas muitos creem que seu capital político não é tão sólido assim, “ele vai pra lá e pra cá, sem um posicionamento ideológico claro, se oferecendo a todos. Não dá pra apostar numa pessoa tão instável e sem bandeiras definidas", afirmou o político.
Decisão judicial
A Justiça de Rondônia, por decisão do juiz Andresson Cavalcante Fecury, da 1ª Vara Cível de Vilhena, determinou a retirada de uma matéria do site O Joio e o Trigo que denunciava a compra de gado de áreas com desmatamento ilegal pela fazenda Alvorada, do senador Jaime Bagattoli (PL-RO). A ação foi movida por Orlando Bagattoli, irmão e sócio do senador, e o site anunciou que recorrerá, alegando violação da liberdade de expressão. A investigação revelou que a fazenda do Grupo Bagattoli adquiriu bois de quatro propriedades com desmatamento ilegal, revendendo-os ao frigorífico Minerva por meio de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs). Após a censura, a matéria, originalmente publicada em 30 de janeiro, foi republicada pelo Pulitzer Center, organização de apoio ao jornalismo investigativo.
“Vítima de suas próprias escolhas"
“Se Bolsonaro tivesse governado com moderação – em vez de minar as instituições a cada passo, incluindo a estratégia de vacinação de seu próprio governo durante a pandemia –, ele poderia ter superado Lula na disputa acirrada de 2022. Se ele tivesse simplesmente aceitado a derrota em 2022, em vez de se entregar à negação e a excêntricas conspirações, ele estaria em posição privilegiada para um retorno triunfante nas eleições presidenciais de 2026, principalmente após o desempenho sem brilho de Lula em seu terceiro mandato”. O trecho faz parte de um editorial da Bloomberg, que fala o óbvio, o ex-presidente poderia vencer as eleições se não tivesse optado por bravatas e decisões ruins ao longo de seus quatro anos à frente da presidência. Sem paixões, o texto conclui ‘Se a história servir de guia, não espere que Bolsonaro tome uma decisão pragmática. Estratégia racional nunca foi seu ponto forte’.
Nova licitação
A prefeitura de Porto Velho, atendendo a uma determinação do Tribunal de Contas do Estado, suspendeu a prorrogação do contrato de concessão da rodoviária da capital, que seguirá provisório até que seja feita uma nova licitação, ainda sem data definida. A expectativa é que a prefeitura realize ainda este ano.
Microplásticos e Alzheimer: Estudo revela impactos em camundongos com predisposição genética
Um estudo publicado em 20 de agosto na revista Environmental Research Communications pela Universidade de Rhode Island investigou os efeitos de microplásticos de poliestireno em camundongos com o gene APOE4, associado a maior risco de Alzheimer. Os roedores, expostos a microplásticos fluorescentes (0,1 a 2 micrômetros) na água por três semanas, exibiram alterações significativas. Machos com o gene apresentaram comportamento menos cauteloso, explorando mais livremente ambientes abertos, um padrão que reflete mudanças comportamentais observadas em homens com Alzheimer. Já as fêmeas mostraram déficits de memória, com dificuldade em reconhecer objetos novos, um sintoma comum em mulheres com a doença. Embora microplásticos já tenham sido detectados no cérebro humano, os impactos neurológicos de longo prazo permanecem incertos. Este estudo sugere que esses poluentes podem agravar predisposições genéticas ao Alzheimer, afetando comportamento e cognição. Contudo, os pesquisadores alertam que os resultados em camundongos não se aplicam diretamente a humanos, especialmente sem considerar o envelhecimento. A pesquisa reforça a necessidade de reduzir a poluição plástica e intensificar estudos sobre os efeitos dos microplásticos no sistema nervoso.
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