Coluna - Marcos Rogério dispara: "Estado está no azul, mas próximo governador vai herdar dívidas"
Em entrevista exclusiva, senador critica situação das estradas estaduais e fala sobre articulações para 2026; Bolsonaro ignora Marcos Rocha em vídeo sobre preferências eleitorais
Articulações
Em conversa com o senador Marcos Rogério na tarde desta terça-feira, 29, ele revelou que ainda não definiu se, de fato, vem candidato a governo em 2026, por conta de inúmeras variáveis, mas a possibilidade está longe de ser descartada. Considerado a ‘estrela’ da direita no Estado, Rogério está no campo mais confortável, digamos assim, em decorrência de sua postura coerente e menos radical que alguns ‘mais à direita', como o estridente Coronel Chrisóstomo. Além disso, o senador comanda o PL no Estado e terá espaço para construir uma nominata de peso para a Câmara.
Um olho aqui…
Marcos Rogério não quer ‘pagar para ver'. Tem se organizado, batido pesquisas e não quer errar em 2026. Um olho está nas eleições presidenciais, e sua preferência é Jair Bolsonaro, que ele acredita, pode vir a ser candidato por conta de uma lógica política que vem tomando conta do Congresso atualmente, a de que Lula precisa de Bolsonaro, que ele já conhece, à uma surpresa, como Tarcísio de Freitas (SP) ou Michelle Bolsonaro. Porém, se o ex-presidente não conseguir disputar, o ‘plano B’ mais viável, nessa altura, é o governador de São Paulo.
Outro em Rondônia
Marcos Rogério vem cuidando com carinho das articulações regionais. Para o senador, é importante ‘compor alianças’ e trabalhar pelo grupo, que está em construção. Certo é que a direita no Estado já conta com representantes de peso, mas a esquerda não ‘está morta'. Para Marcos Rogério, o também senador Confúcio Moura é uma liderança política forte, que consegue agregar a esquerda, eleitores de centro e os ‘anti-bolsonaristas'. No cômputo geral, Marcos Rogério não está errado. Confúcio é atualmente o único político que defende Lula e as políticas sociais.
Reconstrução
Na conversa Marcos Rogério afirmou que o próximo governador de Rondônia terá um grande desafio, o de reconstruir o Estado e desenvolver políticas de investimento nos mais diversos setores, principalmente o de infra-estrutura, “as estradas que são de responsabilidade do Estado estão caóticas, uma buraqueira que prejudica a população como um todo", disse o senador. Rogério apontou ainda a necessidade de fazer um enxugamento da máquina, através de uma reorganização administrativa, “o Estado está no azul, mas o governo está sempre buscando empréstimos, como agora mesmo, e essa conta vai ficar para o próximo governador", declarou.
Anistia
Sobre a anistia e o Supremo Tribunal Federal, último tema da conversa, Marcos Rogério foi enfático ao afirmar que o ‘STF queimou instâncias’ e ‘pesou a caneta’ com os autores dos atos de vandalismo. O senador condenou a destruição dos prédios públicos durante as manifestações do 8 de janeiro, mas acredita que os responsáveis deveriam ser julgados como determina o devido processo legal, obedecendo as instâncias adequadas, responsabilizando individualmente os autores das depredações, mas de forma sensata e não como está sendo feito, “acusar essas pessoas de golpe de estado é demais, muitos estavam protestando, outros mais entusiasmados partiram para o quebra-quebra, que eles sejam responsabilizados, mas não sacrificados", pontuou.
Alguns links importantes desta terça-feira…
Sem Bolsonaro
Jair Bolsonaro apareceu nesta terça-feira em vídeo postado pelo pecuarista Bruno Scheidt afirmando que já tem suas preferências eleitorais para Rondônia em 2026. Uma delas é o senador Marcos Rogério (preferido do ex-presidente para governo), simpatiza com Fernando Máximo e apoia Bruno para Senado. Não citou o governador, e tem um motivo para isso, o ex-presidente não enxerga em Marcos Rocha o perfil de ‘direita combativa', que ele vem selecionando a dedo nos estados. O plano do ex-presidente é eleger o maior número de senadores em 2026 para poder ‘enquadrar o STF'. E Rocha passa longe desse perfil.
Sozinhos
Marcos Rocha e o ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves estão numa situação complicada em termos de articulação. Sem o apoio de Jair Bolsonaro e sem a ‘caneta’, Rocha corre o risco real de não conseguir se eleger ao Senado. Elias Rezende tem pela frente um desafio imenso de construir um grupo político que viabilize essa candidatura e a deixe competitiva. Já Hildon, entrou numa briga com uma ala da Associação Rondoniense dos Municípios (Arom), que termina provocando mais desgastes que angariando capital político. O que parecia estar resolvido, virou uma celeuma jurídica totalmente desnecessária.
Superfederação
E nesta terça-feira, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, o União Brasil e o Progressistas oficializaram a fusão, criando o União Progressista (UP). Com isso, os diretórios regionais serão dissolvidos, deixando Júnior Gonçalves fora do jogo. O diretório de Rondônia será comandado pelo União, e Maurício Carvalho só não assume o comando da nova legenda se não quiser. Se ele não topar, a ‘briga de foice’ tá garantida.
Esperança, mas não certeza
Por mais que Ivo Cassol esteja esperançoso em relação a aprovação nas mudanças da Ficha Limpa (que deve ser aprovada em breve), sua situação jurídica não é confortável a ponto dele ser candidato ‘com certeza’ em 2026. O italiano, assim como Acir Gurgacz, depositam suas fichas na aprovação, mas nada está garantido, ao menos em relação a Ivo, mas isso não quer dizer necessariamente que ele esteja fora do jogo. A conferir.
Os sinais de alerta de 'burnout' que você não deve ignorar
O burnout, definido pela professora Christina Maslach como "uma resposta ao estresse crônico no trabalho que não foi bem administrado", tem se tornado um problema global crescente, afetando significativamente a força de trabalho. Em 2023, o Brasil registrou 421 afastamentos por burnout, um aumento de 136% em comparação com 2019, refletindo o impacto da pandemia nessa condição. O caso de Amy, que experimentou sintomas como tonturas, zumbidos e sensação de estar "enjoada e bêbada em um barco", ilustra como o burnout pode se manifestar de formas debilitantes. Os especialistas identificam três sintomas principais do burnout: cansaço extremo, desprezo crescente pelo trabalho e visão negativa de si mesmo. O processo se desenvolve em cinco fases, desde o período de "lua-de-mel" até o colapso total, e é influenciado por seis fatores principais, incluindo sobrecarga de trabalho, falta de controle e reconhecimento insuficiente. A recuperação não necessariamente exige mudanças drásticas como deixar o emprego, mas requer foco no controle do trabalho, bem-estar pessoal e construção de uma rede de apoio, além de ser especialmente importante identificar e alinhar decisões com valores pessoais.
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