Ciro Nogueira: Atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA causou 'prejuízo gigantesco' ao projeto da direita para 2026
Senador revela em entrevista à Band que eleições estavam 'completamente resolvidas' antes das articulações do deputado, que criaram narrativa falsa e beneficiaram Lula na defesa da soberania nacional
Em uma entrevista ao programa Canal Livre, da Band, exibida neste domingo (12), o presidente nacional do Progressistas (PP) e senador Ciro Nogueira (PP-PI) não poupou críticas à atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. Segundo o parlamentar, as movimentações de Eduardo, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em articulação com aliados de Donald Trump, geraram um “prejuízo gigantesco” ao projeto político da direita brasileira, especialmente com vistas às eleições de 2026. Nogueira ponderou que, antes dessas ações, o pleito do próximo ano estava “completamente resolvido” em favor da oposição.
O contexto das críticas remete ao recente tarifaço anunciado por Trump contra o Brasil, justificado como retaliação ao suposto julgamento político de Jair Bolsonaro. Eduardo Bolsonaro, que se encontra nos EUA desde o início de outubro, tem se reunido com congressistas e influenciadores republicanos para pressionar pela imposição de sanções, incluindo tarifas sobre importações brasileiras, como forma de denunciar o que chama de “perseguição judicial” ao pai. No entanto, Nogueira argumentou que essa estratégia criou uma “narrativa falsa”, já que as sanções, em sua visão, não foram diretamente ligadas ao caso Bolsonaro, mas sim a questões econômicas como o fortalecimento do BRICS e a desvalorização do dólar pelo governo atual.
“Foi um erro. Já manifestei até para interlocutores do governo americano. O Trump deveria ter dito quem era o responsável real por essa situação, que era o presidente Lula, por ter atacado o dólar, pela questão do Brics”, declarou o senador, enfatizando que as ações de Eduardo “nos prejudicou eleitoralmente”. Ele completou: “Nos prejudicou eleitoralmente”, destacando o impacto negativo no cenário político.
Nogueira, que já foi ministro da Casa Civil no governo Bolsonaro, mas rompeu publicamente com o ex-presidente em 2022, não deixou de reconhecer o viés emocional por trás das ações de Eduardo. “Eu não condeno o Eduardo (pelas articulações com os EUA), porque não sei o que faria se meu pai estivesse sendo injustiçado, mas foi um prejuízo gigantesco para o nosso projeto político”, afirmou. O senador também criticou o uso político da situação pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dizendo que o petista “se aproveitou de uma forma muito ostensiva” de temas como a defesa da soberania nacional para retomar popularidade. “O Lula ficou numa alegria muito grande com esse conflito para retomar sua popularidade. Espero que agora ele tenha responsabilidade e faça essa negociação como todos os países do mundo fizeram”, pontuou.
A declaração de Nogueira ecoou rapidamente nas redes sociais e na imprensa, dividindo opiniões no campo conservador. No X (antigo Twitter), bolsonaristas acusaram o senador de traição e oportunismo, com posts chamando-o de “infiltrado na direita” e defendendo Eduardo como o “verdadeiro nome para a direita”. Um usuário, por exemplo, escreveu: “Esse Ciro Nogueira é um aproveitador, o melhor nome para a verdadeira direita no Brasil é a candidatura do Eduardo Bolsonaro”. Outro perfil, alinhado ao bolsonarismo, destacou: “Eduardo foi aos EUA defender as liberdades individuais, denunciar as violações dos direitos humanos... Então, Ciro Nogueira, você está dizendo que é a favor da censura?”.
Veículos como O Globo e UOL relataram que as críticas de Nogueira também incluem a inviabilidade, no momento, de qualquer membro da família Bolsonaro em uma chapa presidencial para 2026, sugerindo uma preferência por nomes como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), aliado do PP. A Band, por sua vez, noticiou que Nogueira se mostrou satisfeito com a recente reunião entre Lula e Trump, na qual as tarifas foram discutidas, e defendeu uma negociação diplomática responsável.
O episódio reforça as tensões internas na direita brasileira, entre o ala mais radical, representada pela família Bolsonaro e o PL, e o centrão pragmático, liderado pelo PP e outros partidos como o Republicanos. Analistas apontam que, apesar do desgaste, Nogueira mantém influência no Congresso, onde o PP é a maior bancada da Câmara. A articulação de Eduardo nos EUA, por outro lado, ganhou apoio de figuras como o jornalista Paulo Figueiredo, auto-exilado nos EUA, que elogiou a iniciativa como defesa da democracia.
O que você acha dessa declaração de Ciro Nogueira? As ações de Eduardo Bolsonaro realmente prejudicaram a direita ou foram necessárias para denunciar injustiças? Comente abaixo e compartilhe este artigo para debatermos o futuro da oposição brasileira!
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