Carne bovina roubada no Paraná saiu de Rondônia e seria exportada a Dubai; polícia recupera 17 toneladas e prende quatro
Operação conjunta descobre carne roubada que seria exportada a Dubai, com detidos flagrante em mercados e chácara — polícia busca restante do carregamento.
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) recuperou mais de 17 toneladas de carne bovina roubada que haviam saído de um frigorífico em Rondônia com destino ao porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, de onde seriam exportadas para Dubai, nos Emirados Árabes. A carga, avaliada em cerca de R$ 700 mil, foi interceptada no último domingo (14) em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, quando criminosos sequestraram o caminhoneiro responsável pelo transporte. Ele foi libertado apenas no dia seguinte, em São João do Triunfo. No total eram 24 toneladas.
As investigações apontam que o grupo criminoso fez o transbordo imediato da carga para outros veículos, numa tentativa de dificultar o rastreamento policial. Nos dias seguintes, as forças de segurança localizaram parte significativa do carregamento em diferentes pontos da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A operação contou com o apoio da Polícia Militar (PMPR) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), além de denúncias anônimas.
Em uma chácara de Contenda, policiais encontraram o contêiner do caminhão e mais de 11 toneladas de carne. No mesmo município, em uma residência, um morador foi preso após ser flagrado descongelando peças do produto para consumo próprio. Em Pinhais, um comércio de laticínios armazenava mais de três toneladas da carga, e o proprietário acabou preso em flagrante. Já em um mercado no bairro Caximba, em Curitiba, a polícia apreendeu carnes guardadas “sem qualquer tipo de refrigeração ou condições de higiene”, segundo o delegado André Feltes. No local, duas pessoas foram presas.
Feltes destacou que a cena encontrada no mercado expôs o risco sanitário: “A quantidade era tão grande que nem cabia nos freezers. Muitas peças estavam num cômodo no fundo, misturadas a entulhos e materiais de construção”. A situação reforça as preocupações de autoridades de saúde sobre o consumo de produtos de origem clandestina.
Até o momento, quatro pessoas foram presas em flagrante, mas a polícia acredita que o esquema envolva um número maior de participantes. “Uma carga daquele tamanho com uma abordagem desse porte demanda vários criminosos, carros e caminhões. Isso com certeza é obra de mais gente, e agora vamos tentar identificar esses outros envolvidos”, afirmou o delegado. Aproximadamente sete toneladas da carga ainda não foram localizadas.
O caso chama atenção não apenas pelo valor e pela quantidade da mercadoria roubada, mas também pelos riscos à saúde pública. Carnes transportadas e armazenadas sem refrigeração adequada podem representar sérios perigos de contaminação. Além disso, a ação reforça a vulnerabilidade das rotas rodoviárias que transportam produtos de alto valor agregado para exportação, um alvo frequente de quadrilhas especializadas em roubo de cargas.
As investigações seguem em andamento, e a PCPR não divulgou a identidade dos presos em respeito à legislação que regula a divulgação de dados de pessoas investigadas ou detidas.
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