Brasileiro preso na Itália por fraudes milionárias: quem é Luiz Eduardo Bottura?
Rastreado por gastos extravagantes, incluindo um Maserati de R$ 1 milhão, Bottura é acusado de liderar esquema que vitimou centenas no Brasil
Na manhã de 4 de abril de 2025, a polícia italiana prendeu Luiz Eduardo Auricchio Bottura, de 44 anos, na cidade de Selvazzano, próxima a Pádua. O brasileiro, procurado pela Interpol desde o final de 2024, é acusado de comandar um esquema criminoso que movimentou milhões de reais em fraudes no Brasil.
Rastreado por meio de seus gastos com cartão de crédito — incluindo a compra de um Maserati GranCabrio avaliado em até R$ 1 milhão —, Bottura agora enfrenta um processo de extradição para o Brasil, onde responderá por crimes como associação criminosa, falsificação de documentos e fraude processual.
Um histórico de suspeitas
Luiz Eduardo Bottura não é um nome novo para as autoridades. Desde novembro de 2024, ele era alvo de um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça de São Paulo. Segundo investigações, Bottura liderava uma rede criminosa que, ao lado de familiares, enganou mais de 500 pessoas, conforme relatou o jornal italiano Corriere della Sera. O grupo é suspeito de falsificar documentos públicos, inserir dados falsos em sistemas de informação e até usurpar funções públicas, em um esquema que combinava sofisticação e ousadia.
As fraudes atribuídas a Bottura não começaram recentemente. Entre 2005 e 2006, o Ministério Público de São Paulo o acusou de aplicar golpes pela internet, prometendo serviços falsos de otimização de computadores. Na ocasião, ele foi absolvido pelo Tribunal de Justiça em 2010, mas as suspeitas sobre suas atividades nunca cessaram. Agora, quase duas décadas depois, o brasileiro volta ao centro de um escândalo ainda maior.
Da fuga à prisão
Com passaporte italiano, Bottura chegou à Europa em janeiro de 2025, instalando-se na casa de uma compatriota em Selvazzano. Durante meses, conseguiu escapar do radar das autoridades, mas seus gastos extravagantes o entregaram. Mensalidades de uma academia de luxo e a compra do Maserati registrado em seu nome foram pistas cruciais para a polícia italiana, que o localizou e efetuou a prisão.
O caso ganhou destaque na imprensa internacional, não apenas pelo valor dos bens envolvidos, mas pela extensão do esquema criminoso. As vítimas, em sua maioria brasileiras, sofreram prejuízos financeiros significativos, enquanto Bottura mantinha um estilo de vida ostentoso no exterior.
O que vem agora?
Com a prisão, as autoridades brasileiras já iniciaram os trâmites para a extradição de Bottura. Ele deve ser transferido ao Brasil para responder às acusações em São Paulo. O caso levanta debates sobre a eficiência da cooperação internacional no combate a crimes transnacionais e sobre como redes criminosas conseguem operar por anos antes de serem desmanteladas.
Enquanto isso, o nome de Luiz Eduardo Bottura permanece no centro das atenções, servindo como exemplo de como a tecnologia e a vigilância global podem alcançar até mesmo aqueles que tentam se esconder sob o véu do luxo.
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