Em 4 de agosto, o ex-presidente Jair Bolsonaro teve sua prisão domiciliar decretada por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro, réu em julgamento no STF, já cumpria medidas cautelares com uso de tornozeleira eletrônica, horários determinados para estar em sua residência e proibição do uso de redes sociais, suas ou de terceiros. Foi, portanto, o descumprimento desta última medida que o levou à prisão domiciliar. E agora, quais os possíveis desdobramentos?
Uma questão fundamental: Bolsonaro provocou a prisão? Duas respostas: não, foi um descuido seu e de seu filho ao usar o telefone para participar de manifestações, especialmente, em Copacabana; ou sim, Bolsonaro procurou a prisão.
O ex-presidente tem bons advogados e é orientado, mas o confronto está no DNA do bolsonarismo e, certamente, a prisão foi buscada objetivando a imagem de vítima e de perseguido. Assim, ao que tudo indica, Bolsonaro, como de costume, dobrou a aposta e foi para o tudo ou nada. Ele, seu entorno íntimo e seus apoiadores já vislumbram uma condenação e, desta forma, ao ser preso em condição domiciliar, há um reforço da narrativa interna de perseguição política, de injustiça e de que Moraes é um ditador de toga.
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