Bolsonarista que tentou explodir aeroporto de Brasília é preso pela PF após meses foragido
George Washington de Oliveira Sousa, ligado a investigações sobre atos golpistas envolvendo Jair Bolsonaro, foi capturado no Guará; ele tentou explodir um caminhão no aeroporto
O bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, condenado por tentar realizar um atentado à bomba no Aeroporto Internacional de Brasília em dezembro de 2022, foi preso na noite de terça-feira (9), após permanecer foragido por mais de dois meses. A detenção ocorreu por volta das 20h30 no bairro Guará, no Distrito Federal, e foi executada pela Polícia Federal (PF), conforme relatado pela coluna da jornalista Bela Megale, no jornal O Globo. Após a captura, Sousa foi encaminhado à 1ª Delegacia de Polícia Civil para os procedimentos iniciais.
Sousa, que já havia sido condenado em primeira instância a nove anos e quatro meses de prisão por crimes como exposição de perigo à vida alheia, incêndio em substância inflamável e porte ilegal de artefato explosivo, estava sob mandado de prisão expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde junho deste ano. A ordem partiu do ministro Alexandre de Moraes, que acolheu denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) acusando o réu de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e atentado contra a segurança de transporte. O caso foi remetido ao STF em maio, após investigações apontarem ligações entre o atentado e os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com detalhes das apurações, Sousa confessou ter plantado um explosivo em um caminhão-tanque carregado com 60 mil litros de querosene de aviação nas proximidades do aeroporto, na véspera do Natal de 2022. O plano, que visava causar comoção social e instigar um golpe militar, falhou devido a uma falha técnica no artefato e à intervenção do motorista, que alertou as autoridades. Sousa revelou ter investido cerca de R$ 170 mil em armas para o ato, e se conectou a Alan Diego dos Santos Rodrigues – também condenado no caso – em um acampamento bolsonarista em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.
Após cumprir parte da pena inicial, Sousa progrediu para o regime aberto em fevereiro deste ano, mas tornou-se foragido ao final de junho, quando o mandado do STF foi emitido. Em julho, diante das dificuldades em localizá-lo, Moraes determinou a notificação por edital, declarando que o réu se encontrava em "local incerto e não sabido". O episódio ganhou destaque recente no julgamento da trama golpista envolvendo Bolsonaro, onde Moraes citou o atentado como exemplo de ações violentas orquestradas para subverter o Estado Democrático de Direito.
Essa prisão reforça o escrutínio sobre extremistas bolsonaristas e suas conexões com tentativas de desestabilização institucional, em um contexto de investigações contínuas sobre os eventos de 8 de janeiro. Fontes como o Estadão e a Folha de S.Paulo confirmam que esta é a segunda detenção de Sousa relacionada ao caso, destacando a gravidade do atentado que poderia ter resultado em centenas de vítimas fatais.
O Painel Político segue acompanhando os desdobramentos judiciais envolvendo figuras ligadas ao bolsonarismo, o STF e investigações sobre ameaças ao Estado Democrático de Direito.
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