Belagrícola enfrenta crise financeira e suspende pagamentos por 60 dias sob tutela judicial
Medida cautelar concedida pela Justiça de Londrina busca reestruturar o caixa da distribuidora de insumos, controlada pelo grupo chinês Pengdu, em meio a inadimplência de R$ 1 bilhão
A Belagrícola, uma das maiores distribuidoras de insumos agrícolas do Brasil e controlada pelo grupo chinês Pengdu desde 2019, anunciou a suspensão temporária de pagamentos a credores e da fixação de preços de grãos com produtores. A decisão, respaldada por uma tutela cautelar concedida pela Justiça de Londrina (PR), visa dar à empresa um prazo de 60 dias para reestruturar seu caixa e mitigar os impactos de uma inadimplência que, segundo fontes do setor, ultrapassa R$ 1 bilhão nas contas a receber. A medida entrou em vigor em 10 de outubro e também afeta as subsidiárias Bela Sementes e DKBR Agro, importadora de fertilizantes da China, mas não interfere nas operações da Fiagril.
Fundada em 1985 pela família Colofatti, a Belagrícola opera com 52 revendas de insumos e unidades de recebimento de grãos, além da produção de sementes de soja pela Bela Sementes. Em nota oficial, a empresa enfatizou que as filiais continuarão funcionando normalmente durante o período, com distribuição de produtos e novas vendas em andamento. “Neste período de até 60 dias, as filiais seguem operando normalmente com distribuição de produtos e novas vendas, apenas a fixação de grãos ficará suspensa”, informou a Belagrícola.
A crise é atribuída ao aumento da inadimplência entre clientes, agravado por processos de recuperação judicial em curso no setor agropecuário. Parte dos débitos, segundo o portal Agfeed, está sendo renegociada nesses procedimentos judiciais, embora a empresa não confirme o montante exato de R$ 1 bilhão. Analistas do mercado destacam que o cenário reflete pressões mais amplas no agronegócio brasileiro, com varejistas como AgroGalaxy e Lavoro também enfrentando dificuldades financeiras, o que pode impactar a liquidez via barter para produtores de soja e milho.
Apesar dos desafios, as negociações com a trading Bunge para a aquisição de uma participação minoritária no capital da Belagrícola prosseguem sem interrupções. O acordo, que envolve ações da família fundadora, deve ser anunciado em breve e representa uma potencial injeção de capital para estabilizar a companhia. “Ressaltamos que esta, e qualquer outra medida que venhamos a tomar, será sempre pautada pelos melhores interesses de seus clientes, colaboradores e fornecedores, minimizando ao máximo os impactos desse necessário processo de reorganização. Seu foco é o compromisso que a move nestes 40 anos: preservar a confiança e o atendimento de seus clientes, a força e o comprometimento da sua equipe e a perenidade e solidez da marca”, acrescentou a empresa em comunicado.
O caso da Belagrícola ganha relevância em um momento de volatilidade no mercado de commodities, com produtores rurais atentos a qualquer sinal de instabilidade na cadeia de suprimentos. Especialistas consultados pelo Valor Econômico apontam que a tutela cautelar é uma ferramenta comum para evitar colapsos maiores, mas alertam para possíveis efeitos em cascata no fornecimento de insumos no Paraná e regiões vizinhas.
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