Barroso sinaliza saída do STF: "É preciso saber a hora de sair"
Declarações do ministro em evento na Bahia reacendem debates sobre sucessão na Corte Suprema e movimentam bastidores políticos em Brasília
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu mais um indício de que pode antecipar sua aposentadoria da Corte durante o XVII Encontro do Conselho de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil (Consepre), realizado em Salvador, na Bahia, nesta segunda-feira (6). Aos 67 anos, Barroso, cuja saída compulsória só está prevista para 2033, quando completará 75 anos, enfatizou a importância de reconhecer o fim de etapas na vida profissional. “É preciso saber a hora de sair”, afirmou o magistrado, complementando: “A vida é feita de muitos ciclos. A gente deve saber a hora de entrar e a hora de sair”.
As declarações, proferidas em meio a um público de desembargadores e autoridades judiciárias, alimentam especulações que circulam nos corredores do Judiciário e do Planalto há meses. Barroso, que recentemente passou a presidência do STF para o ministro Edson Fachin, já havia sinalizado em entrevistas anteriores que não pretende aguardar o limite etário. Em conversa com a Folha de S.Paulo, ele reforçou: não deve ficar até os 75 anos, priorizando a “hora própria” para encerrar o ciclo.
Em outro momento do evento baiano, o ministro foi ainda mais direto: “De certa forma, encerro a minha carreira aqui”, segundo relatos de participantes.
A possível aposentadoria voluntária de Barroso representaria uma oportunidade estratégica para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que já indicou dois ministros ao STF em seu terceiro mandato: Cristiano Zanin e Flávio Dino. Uma vaga aberta agora permitiria ao governo reforçar sua influência na Corte, com um nome alinhado tecnicamente e politicamente. Nos bastidores, o movimento já começou, com uma corrida discreta por apoios no Senado, onde a aprovação da indicação é obrigatória.
Entre os nomes mais citados, destaca-se o advogado-geral da União, Jorge Messias, de 45 anos, considerado um jurista técnico e de confiança do Planalto. Messias, que já foi cotado para vagas anteriores, poderia permanecer no STF por até três décadas, garantindo longevidade à indicação.
Outra figura em ascensão é a ministra Maria Elizabeth Rocha, presidente do Superior Tribunal Militar (STM), que conta com o apoio da primeira-dama Rosângela Lula da Silva e defende maior presença feminina na Corte.
No campo político, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), surge como uma opção controversa. Pacheco, que tem articulado para disputar o governo de Minas Gerais em 2026, vê na vaga uma saída para um cargo vitalício, mas auxiliares de Lula preferem mantê-lo no Legislativo por enquanto.
Outros nomes ventilados incluem o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho; o ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas; e o atual presidente do TCU, Vital do Rêgo, conhecido por sua atuação em auditorias de benefícios sociais.
Em uma festa recente promovida pelo grupo Prerrogativas em Brasília, com presença de Janja e ministros, os nomes de Pacheco, Messias e Dantas foram os mais discutidos entre advogados e juristas, reforçando que a saída de Barroso é vista como iminente, mesmo sem formalização oficial.
O ministro Fachin, em conversas reservadas com colegas, também deu pistas de que a aposentadoria está no horizonte, segundo colunistas.
A movimentação reflete o equilíbrio delicado de poder entre os Três Poderes. Barroso, conhecido por seu perfil cosmopolita e ligações com os Estados Unidos, tem expressado insatisfação com o ambiente interno do STF, marcado por divisões e desgastes institucionais, incluindo tensões com a 2ª Turma, onde retornaria após a presidência.
Sua possível saída, portanto, não seria apenas uma decisão pessoal, mas um fator que pode reconfigurar o debate sobre protagonismo judicial em um ano eleitoral.
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