Barbeiro brasileiro confessa assassinato da ex-mulher em Portugal
Crime em Setúbal choca comunidade e expõe violência doméstica em caso envolvendo casal de imigrantes piauienses
O brasileiro Gustavo Maciel, de 26 anos, conhecido como Guga, chocou Portugal ao confessar o assassinato de sua ex-mulher, Iranilcy Oliveira, também de 26 anos, na noite de segunda-feira, 16 de junho de 2025. O crime ocorreu na Barbearia do Guga, localizada no centro de Setúbal, onde o casal, natural de São Miguel do Tapuio, no Piauí, construiu uma nova vida após imigrar para o país europeu há cinco anos.
Segundo a Polícia Judiciária (PJ) de Portugal, responsável pela investigação, o assassinato foi motivado por uma discussão entre os dois, que estiveram casados por sete anos, mas estavam separados. Guga está sob custódia, e o caso, amplamente noticiado pela imprensa portuguesa, incluindo o jornal esportivo Record, levanta debates sobre violência doméstica e as dificuldades enfrentadas por imigrantes.
De acordo com informações divulgadas pela PJ, Guga caminhou até uma delegacia da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Setúbal por volta da meia-noite de terça-feira, 17 de junho, onde confessou o crime. Ele levou os agentes até a barbearia, onde Iranilcy foi encontrada sem vida, com múltiplos golpes de faca no peito e pescoço. Apesar da rápida resposta da equipe de emergência acionada, a vítima não resistiu aos ferimentos. A PJ confirmou que Guga não possuía antecedentes criminais, o que torna o caso ainda mais surpreendente para a comunidade local e para os clientes do barbeiro, que incluíam jogadores brasileiros de futebol atuando em clubes portugueses.
O casal, que se conheceu ainda jovem em São Miguel do Tapuio, imigrou para Portugal em busca de melhores oportunidades. Juntos, abriram a Barbearia do Guga, que se tornou um ponto de referência em Setúbal, especialmente entre a comunidade brasileira. Apesar da separação, Guga e Iranilcy mantinham contato frequente por causa do filho de cinco anos. Na noite do crime, Iranilcy teria ido à barbearia, que já estava fechada ao público, para um encontro com o ex-marido. A discussão que culminou no assassinato ainda está sob investigação, mas a PJ não divulgou detalhes sobre o motivo específico do conflito.
A notícia do crime reverberou rapidamente em Portugal e no Brasil. O jornal Record destacou a conexão de Guga com o mundo do futebol, lembrando que ele era conhecido por atender jogadores brasileiros, o que trouxe uma dimensão adicional à cobertura do caso. Em redes sociais, como o X, posts de perfis como @correio24horas e @portalmeionews relataram o ocorrido, enfatizando a origem piauiense do casal e a tragédia envolvendo o filho pequeno. A comunidade de Setúbal, onde o casal era conhecido, expressou consternação, e mensagens de apoio à família de Iranilcy começaram a circular online.
O caso também reacende discussões sobre violência doméstica, especialmente em contextos de imigração, onde fatores como isolamento social, pressões financeiras e dificuldades de adaptação podem agravar conflitos. Organizações de apoio a imigrantes em Portugal, como a Associação de Apoio à Vítima (APAV), ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o caso, mas especialistas apontam que a violência de gênero é uma questão global que exige políticas públicas eficazes e redes de apoio acessíveis.
Enquanto a investigação segue sob comando da PJ, Guga permanece detido, aguardando os próximos passos do processo judicial. A polícia continua a coletar depoimentos e evidências na barbearia, que foi isolada como cena do crime. A comunidade brasileira em Portugal, particularmente em Setúbal, está em luto, e o caso serve como um triste lembrete dos desafios enfrentados por casais em situações de separação e das consequências devastadoras de conflitos não resolvidos.
Palavras-chave: Gustavo Maciel, Iranilcy Oliveira, assassinato em Portugal, Setúbal, violência doméstica, imigrantes brasileiros, Barbearia do Guga, Polícia Judiciária, crime confessed, São Miguel do Tapuio
Hashtags: #PainelPolitico #Notícias #Portugal #ViolênciaDoméstica #ImigrantesBrasileiros #Setúbal #Crime #Justiça