Banco Master: De fraudes bilionárias a conexões com o STF, caso ganha novos capítulos
Novas revelações sobre contrato de R$ 129 milhões com escritório da esposa de Alexandre de Moraes, retomada de investigações por Dias Toffoli e proposta de código de conduta por Edson Fachin agitam o
A crise em torno do Banco Master, liquidado extrajudicialmente pelo Banco Central em novembro de 2025, continua a reverberar no sistema financeiro e judicial brasileiro, com desdobramentos recentes que envolvem diretamente ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A instituição, controlada por Daniel Vorcaro, é investigada na Operação Compliance Zero, deflagrada pela Polícia Federal em 18 de novembro, por suspeitas de fraudes que incluem emissão de títulos irregulares, criação de carteiras de crédito falsas e operações que movimentaram bilhões, com impacto estimado de R$ 12,2 bilhões em uma transação envolvendo o Banco de Brasília (BRB).
Vorcaro e outros executivos foram presos preventivamente, mas liberados em 28 de novembro pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) via habeas corpus. Eles permanecem monitorados por tornozeleira eletrônica, proibidos de atividades financeiras, contato com investigados e saída do país. A quebra do Master é a maior da história em termos de impacto ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC), com potencial ressarcimento a 1,6 milhão de investidores em até R$ 250 mil por CPF/CNPJ, referentes a R$ 41 bilhões em CDBs.
Em dezembro de 2025, reportagens baseadas em documentos encontrados no celular de Vorcaro revelaram um contrato assinado em janeiro de 2024 entre o banco e o escritório Barci de Moraes Sociedade de Advogados, de Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes. O acordo previa pagamentos mensais de R$ 3,6 milhões por 36 meses, totalizando R$ 129 milhões, para serviços jurídicos amplos, incluindo defesa de interesses do banco e de Vorcaro junto ao Banco Central, Receita Federal, Congresso Nacional, Ministério Público, Polícia Federal e outros órgãos. O escopo era descrito como representação “onde fosse necessário”, sem especificação de processos individuais.
Embora interrompido pela liquidação do banco em novembro de 2025, os repasses teriam sido priorizados internamente, com possibilidade de até R$ 79 milhões pagos até outubro de 2025. O escritório, onde também atuam filhos do casal, aparece em ao menos uma queixa-crime assinada por Viviane e familiares em nome do Master. Dados públicos indicam que Viviane foi cadastrada como advogada em apenas um dos milhares de processos envolvendo o banco, mas contratos podem incluir consultorias extrajudiciais.
Paralelamente, o ministro Dias Toffoli, relator do caso no STF após avocação em dezembro, impôs sigilo elevado e, em 15 de dezembro de 2025, autorizou novas diligências urgentes: depoimentos de investigados, dirigentes do Banco Central e possíveis quebras de sigilo, com prazo inicial de 30 dias para a PF. Toffoli justificou as medidas para proteger o sistema financeiro, mantendo materiais apreendidos em seu gabinete. Anteriormente, em 29 de novembro, Toffoli viajou em jato particular com o advogado Augusto Arruda Botelho, defensor de um diretor do Master, para a final da Libertadores – ele confirmou o fato, negando discussão do processo.
Conexões políticas incluem doações de Fabiano Campos Zettel, cunhado de Vorcaro, de R$ 3 milhões para Jair Bolsonaro (PL) e R$ 2 milhões para Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) em 2022. A assessoria de Tarcísio destacou aprovação das contas eleitorais.
Os episódios intensificaram críticas à transparência judicial. A professora Ligia Maura Costa, da FGV, alerta para “falhas sérias de accountability” e defende declaração de suspeição em casos de ligações pessoais: “Conflito de interesses é quando há confusão entre o interesse público e o privado”. Ela critica o sigilo em investigações de corrupção e propõe código de conduta específico para o STF, com controle externo.
A Transparência Internacional Brasil ironizou: “o sistema de Justiça brasileiro está virando um grande Gilmarpalooza”. Em resposta, o presidente do STF, Edson Fachin, articula desde dezembro de 2025 a criação de um código de conduta para tribunais superiores, inspirado no modelo alemão, que aborda imparcialidade, eventos remunerados e neutralidade, embora sem mecanismo punitivo explícito. Fachin discute a proposta internamente e com outros tribunais, visando preservar integridade e independência.
Os ministros Moraes e Toffoli não comentaram as alegações até o momento. O caso segue sob sigilo no STF, com investigações em andamento.
O que você pensa sobre esses desdobramentos? A proposta de código de conduta resolverá as questões de transparência? Comente abaixo e compartilhe para ampliar o debate!
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