Banco Master: Celular de Vorcaro revela acesso ilegal a apurações sigilosas e contratação de 'hacker'
Descobertas no aparelho apreendido fortalecem suspeitas sobre tentativa de obstrução e manipulação de informações, em caso que envolve suposta fraude bilionária no Banco Master
A Polícia Federal (PF) identificou, no celular apreendido com o banqueiro Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, trechos de documentos sigilosos relacionados a investigações sobre a instituição financeira. Os investigadores apuram indícios de que Vorcaro teria encomendado a contratação de hackers para obter esses materiais ilegalmente, além de realizar outras ações em sistemas de informática.Em nota, a defesa de Daniel Vorcaro afirmou: “não tem conhecimento das informações mencionadas”.
A análise do conteúdo do aparelho foi retomada após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, que autorizou, em 15 de dezembro, a continuidade das apurações, incluindo depoimentos de investigados e outras diligências necessárias.
O celular foi apreendido em 17 de novembro, quando Vorcaro foi detido no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, ao tentar embarcar para o exterior. No dia seguinte, a PF deflagrou a Operação Compliance Zero, que resultou em prisões e buscas relacionadas a suspeitas de emissão e negociação de títulos de crédito falsos envolvendo o Banco Master e o Banco de Brasília (BRB).
Na extração inicial de dados, os peritos encontraram fragmentos de apurações sigilosas acessados antes que a defesa tivesse obtenção oficial desses documentos. Esses trechos referiam-se à investigação principal: a suposta venda de carteiras de crédito consignado fictícias ao BRB, no valor de cerca de R$ 12 bilhões, para cobrir rombos nas contas do Master.
A suspeita surgiu a partir de diálogos de Vorcaro com um funcionário, nos quais haveria indícios de encomenda para contratação de hackers com o objetivo de invadir sistemas e capturar informações confidenciais de investigações. Para a PF, essa descoberta reforça a hipótese inicial de que Vorcaro tentava deixar o país porque tinha conhecimento prévio de que seria alvo de medidas judiciais.
Além da obtenção de documentos sigilosos, as ações atribuídas aos hackers incluíam manipulação de visibilidade online: redução de publicações negativas sobre o Banco Master e Vorcaro, ampliação de conteúdos positivos, e tentativas de acesso a conversas em redes sociais de pessoas próximas. Para isso, eram utilizados robôs para alterar a relevância de postagens em plataformas digitais.
Vorcaro foi solto em 29 de novembro, por decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Posteriormente, o ministro Dias Toffoli atraiu o caso para o STF, motivado pela apreensão de documentos relacionados a uma transação imobiliária envolvendo o deputado federal João Carlos Bacelar (PL-BA). A investigação ficou temporariamente paralisada até a recente autorização para prosseguimento.
A Operação Compliance Zero apura crimes contra o sistema financeiro nacional, incluindo gestão fraudulenta e organização criminosa. A defesa de Vorcaro nega irregularidades na operação com o BRB, afirmando que o Banco Master permitiu a substituição de ativos quando inconsistências foram detectadas.
O caso continua em andamento no STF, com foco na proteção ao sistema financeiro nacional.
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