Ataque em Washington deixa dois jovens diplomatas israelenses mortos em frente a museu judaico
Casal de funcionários da embaixada de Israel foi assassinado após evento no Museu Judaico da Capital; suspeito gritou "Palestina Livre" ao ser detido
Em um trágico episódio que abalou a comunidade diplomática internacional, dois jovens funcionários da Embaixada de Israel nos Estados Unidos foram mortos a tiros na noite de quarta-feira (22) em Washington. O ataque ocorreu em frente ao Museu Judaico da Capital, localizado em uma área nobre da cidade, próxima ao Capitólio e à sede do FBI.
As vítimas foram identificadas como Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim, um casal que, segundo revelou o embaixador israelense Yechiel Leiter, estava prestes a ficar noivo. Lischinsky havia comprado um anel esta semana e planejava fazer o pedido durante uma viagem a Jerusalém na próxima semana.
O suspeito do crime, Elias Rodriguez, 30 anos, natural de Chicago, foi preso momentos após os disparos. De acordo com a chefe da Polícia Metropolitana de Washington, Pamela Smith, o homem gritou "Palestina livre" no momento da detenção e tentou invadir o museu após efetuar os disparos, sendo impedido pela segurança do local.
Perfil das vítimas revela compromisso com a paz
Lischinsky atuava como assistente de pesquisa para Assuntos do Oriente Médio e do Norte da África desde 2022, após servir três anos nas Forças Armadas de Israel. Em seu perfil profissional, destacava-se como defensor dos Acordos de Abraão e do diálogo inter-religioso.
Sarah Milgrim, formada pela Universidade do Kansas e Universidade Americana, tinha um histórico notável de trabalho pela paz. Antes de ingressar na embaixada em 2023, ela trabalhou na organização Tech2Peace, dedicada a promover o diálogo entre palestinos e israelenses.
Investigação em andamento
O FBI, através de seu vice-diretor Dan Bongino, informou que o caso está sendo tratado como "um ato de violência direcionada". O suspeito, que não possuía antecedentes criminais, está sendo interrogado pela equipe de contraterrorismo em conjunto com a polícia local.
Uma testemunha do evento, Katie Kalisher, relatou à Reuters que o suspeito admitiu ter realizado o ataque em solidariedade aos palestinos, declarando: "fiz isso por Gaza".
Repercussão internacional
O presidente americano Donald Trump classificou os assassinatos como "horríveis" e "obviamente baseados em antissemitismo". O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu denominou o ataque como um "assassinato antissemita horripilante" e anunciou medidas para reforçar a segurança das missões diplomáticas israelenses globalmente.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, relacionou o ataque à escalada de tensões desde outubro de 2024, afirmando que este é "o resultado direto da incitação antissemita tóxica contra Israel e os judeus em todo o mundo".
Histórico de ataques
Este incidente soma-se a uma série de ataques contra missões diplomáticas israelenses ao longo das décadas. Em 1982, diplomatas israelenses foram alvejados em Londres, e em 1992, um atentado à bomba na embaixada em Buenos Aires resultou em 29 mortes. Mais recentemente, em abril de 2025, a embaixada israelense em Londres foi alvo de uma tentativa de invasão.
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Com agências internacionais