Argentina: mais de 15 mil empresas fecham as portas sob o governo de Javier Milei
Estudo do Instituto Argentina Grande revela impacto devastador no setor privado, com perda de quase 100 mil empregos e críticas à narrativa oficial de recuperação econômica
Em meio à retração econômica provocada pelas medidas implementadas pelo governo do presidente argentino Javier Milei, do partido La Libertad Avanza, o país registra o fechamento de 15.564 empresas desde novembro de 2023. Os distritos mais afetados são a província de Buenos Aires, Córdoba e a Cidade Autônoma de Buenos Aires, conforme aponta um estudo recente do Instituto Argentina Grande (IAG). O relatório destaca que nenhuma província argentina registrou aumento no número de unidades produtivas, nem mesmo aquelas dedicadas à exploração de recursos naturais, que foram as menos impactadas. As informações são do jornal argentino C5N.
De acordo com o IAG, os únicos setores que apresentaram aumentos significativos foram os de serviços pessoais e atividades administrativas e de apoio. "Milei diz que reduz o Estado, mas reduz o setor privado. 15.564 empresas a menos em todas as províncias", sintetizaram os autores do estudo, criticando a política econômica do governo. Essa análise revela que, nos primeiros 18 meses da gestão Milei, o fechamento de empresas superou até mesmo os números registrados durante a pandemia de Covid-19, quando 15.398 pequenas e médias empresas (PMEs) encerraram atividades entre março de 2020 e fevereiro de 2021.
Além do fechamento de empresas, o impacto no mercado de trabalho é alarmante. Desde a chegada de Milei ao poder, em dezembro de 2023, foram perdidos 98.800 postos de trabalho registrados no setor privado. Os setores mais atingidos são a construção e a indústria, que concentram a maior parte das demissões. "Para surpresa de ninguém, a exploração de recursos naturais sem valor agregado que promove Milei não chega a absorver os postos de trabalho perdidos nas províncias industriais", afirmaram os pesquisadores do IAG.
A narrativa oficial do governo, que defende a capacidade do setor privado de absorver os mais de 50 mil demitidos do âmbito público, é contestada pelos dados. Por exemplo, a província de Buenos Aires perdeu 33.156 empregos privados registrados desde dezembro de 2023, enquanto Neuquén, impulsionada pelo setor petroleiro em ascensão, incorporou apenas 6.151 novos postos. Essa disparidade ilustra como a economia extrativista, com abertura comercial desmedida e sem ênfase em valor agregado, gera empregos menos qualificados, reduz o consumo e agrava a crise, criando um círculo vicioso impulsionado pela queda do poder aquisitivo e interrupções nas cadeias de pagamento.
O estudo do IAG, baseado em dados oficiais do Sistema Integrado Previsional Argentino (SIPA), reforça que 99,69% das empresas fechadas eram PMEs, destacando o golpe no tecido produtivo nacional. Em um contexto de primarização econômica, províncias industriais como Buenos Aires e Córdoba sofrem perdas que não são compensadas pelo crescimento em áreas como mineração e petróleo.
Esses números surgem em um momento de críticas crescentes à gestão Milei, com analistas apontando que o ajuste fiscal e a desregulamentação não geraram a recuperação prometida.
Palavras-chave como Argentina, Javier Milei, fechamento de empresas, perda de empregos, setor privado, Instituto Argentina Grande, construção, indústria e economia extractivista refletem o debate atual sobre o modelo econômico implementado.
O que você acha dessa situação? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe este artigo para ampliar o debate sobre as políticas econômicas na Argentina!
Hashtags: #PainelPolitico #Argentina #JavierMilei #EconomiaArgentina #FechamentoDeEmpresas #PerdaDeEmpregos
Siga-nos nas redes sociais:
Twitter: @painelpolitico
Instagram: @painelpolitico
Junte-se ao nosso canal no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029Va4SW5a9sBI8pNwfpk2Q
E no Telegram: https://t.me/PainelP