Após vencer causa, idosa é acusada de mandar matar advogado por dívida de R$ 4,5 milhões em MT
Caso chocante de assassinato por honorários não pagos mobiliza opinião pública em Mato Grosso
Um crime que chocou a pequena cidade de Nova Ubiratã, no interior de Mato Grosso, veio à tona com a prisão de três suspeitos no último sábado (26). Cleusa Bianchini, o empresário Alesandro Vageti e Giovana Vageti foram detidos pela Polícia Civil, acusados de encomendar o assassinato do advogado José Antônio da Silva. O motivo, segundo as investigações, seria uma dívida de honorários advocatícios no valor de R$ 4,5 milhões, que os suspeitos teriam se recusado a pagar após vencerem uma causa com a assistência do profissional. Este caso levanta questões sobre ética, dívidas e violência no interior do Brasil.
Contexto do crime e relação com a vítima
De acordo com a Polícia Civil, Cleusa Bianchini era cliente de José Antônio em uma ação de reintegração de posse, na qual obteve êxito e recebeu os valores referentes à causa. Apesar do sucesso no processo, a idosa e os outros envolvidos teriam se recusado a quitar os honorários devidos ao advogado. Para evitar o pagamento, os suspeitos teriam contratado Kall Higor Pereira, conhecido como “Meti Bala”, para executar o crime. José Antônio foi assassinado com um tiro na cabeça dentro de sua própria casa, em junho deste ano.
A brutalidade do crime gerou revolta na comunidade local. Segundo informações apuradas pelo site Midiajur, o advogado era conhecido por seu trabalho na região e não havia registros de conflitos públicos que pudessem prever um desfecho tão trágico. A relação entre cliente e advogado, que deveria ser pautada por confiança, foi manchada por uma suposta ganância que culminou em violência.
Operação policial e prisões
No último sábado, a Polícia Civil deflagrou a “Operação Procuração Fatal”, com o objetivo de cumprir mandados de prisão e busca e apreensão contra os envolvidos no crime. Durante a ação, Cleusa, Alesandro e Giovana foram presos em flagrante. Na residência de Cleusa, os policiais apreenderam um revólver calibre .38, que, segundo as autoridades, teria sido utilizado no assassinato. Apesar dos avanços na operação, Kall Higor Pereira, o suposto executor do crime, ainda não foi localizado, e as buscas continuam.
Em nota oficial, a Polícia Civil de Mato Grosso informou que as investigações seguem em andamento para esclarecer todos os detalhes do caso. Há suspeitas de que outras pessoas possam estar envolvidas, e as autoridades estão analisando possíveis conexões entre os suspeitos e redes criminosas na região.
Repercussão e informações adicionais
O caso ganhou destaque em veículos de imprensa locais e nas redes sociais, onde moradores de Nova Ubiratã e de cidades vizinhas expressaram indignação. No Twitter, usuários lamentaram a perda de José Antônio e criticaram a violência motivada por questões financeiras. Um tweet de um perfil local destacou: “Um advogado morto por causa de honorários. Até onde vai a ganância? Justiça para José Antônio!”.
Além disso, o portal de notícias G1 Mato Grosso publicou uma matéria sobre o caso, confirmando as informações divulgadas pela Polícia Civil e acrescentando que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT) manifestou pesar pela morte do profissional e cobrou rigor nas investigações. A entidade também reforçou a importância de proteger os advogados no exercício da profissão, especialmente em regiões onde conflitos de interesse podem escalar para a violência.
Contexto regional e desafios de segurança
Nova Ubiratã, município com cerca de 12 mil habitantes, é conhecido por sua economia baseada na agricultura e pecuária. No entanto, como muitas cidades do interior brasileiro, enfrenta desafios relacionados à segurança pública e à resolução de conflitos. Casos de violência motivados por disputas financeiras ou fundiárias não são raros na região, o que torna o assassinato de José Antônio um reflexo de problemas estruturais mais amplos.
As investigações também levantam questões sobre a facilidade de acesso a armas de fogo no interior do país. O revólver apreendido na casa de Cleusa Bianchini será submetido a perícia para confirmar se foi, de fato, a arma do crime, mas sua presença já acende um alerta sobre o controle de armamentos em áreas menos fiscalizadas.
O que esperar do desdobramento do caso?
Com as investigações ainda em curso, a expectativa é que a Polícia Civil localize o executor do crime e esclareça se houve outros mandantes ou cúmplices envolvidos. O caso também deve servir como um alerta para a necessidade de mecanismos mais eficazes de resolução de conflitos financeiros, especialmente no âmbito jurídico, onde disputas por honorários podem gerar tensões significativas.
A Justiça de Mato Grosso terá um papel crucial nos próximos passos, garantindo que os responsáveis sejam punidos de acordo com a gravidade do crime. Enquanto isso, a comunidade de Nova Ubiratã segue acompanhando o caso com atenção, na esperança de que a memória de José Antônio da Silva seja honrada com a devida responsabilização dos culpados.
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