O que devo fazer para me manter alinhado a princípios morais que decidi considerar adequados, aí considerados, obviamente, o necessário respeito à constituição e às leis, como estabelecem os princípios democráticos? Já de início observo não ser esse necessariamente o caminho mais fácil para alcançar o que desejo. É que, muitas vezes, a mentira, a desonestidade e a canalhice facilitam o tráfego, ainda que por caminhos tortuosos.
O texto traduz o pensamento do filósofo Clóvis de Barros, para quem há que se manter a conveniente distância sideral moral e moralismo no universo das paixões humanas. “O que devo fazer? Pergunta ele para adiantar: Uma coisa é a reflexão sobre a própria conduta, sobre a própria dignidade. Outra coisa é a avaliação da conduta alheia. É essa a diferença entre a moral – reflexão que começa e termina na primeira pessoa do singular – e o moralismo, que é a análise do comportamento alheio, o hábito de apontar o dedo na direção do outro”.
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