ApexBrasil pede cautela por conta do 'tarifaço' de Trump
Em resposta surpreendente, Congresso Nacional acelera "Lei da Reciprocidade" enquanto ApexBrasil pede cautela diante de medida que ignora superávit americano de US$ 7 bilhões
Em meio a uma crescente tensão nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, manifestou-se sobre o controverso anúncio do presidente Donald Trump de impor uma sobretaxa de 10% às importações brasileiras. A medida, que já está em vigor desde o último dia 5, pegou o mercado de surpresa, especialmente considerando que os EUA mantêm um expressivo superávit comercial com o Brasil, que alcançou US$ 7 bilhões apenas em 2024.
Durante coletiva de imprensa, Viana endossou a postura cautelosa adotada pelo presidente Lula e pelo Ministério das Relações Exteriores, enfatizando a necessidade de aguardar os desdobramentos práticos da implementação dessas medidas. "Não devemos desistir dos EUA, que são a maior economia do mundo. Temos que buscar o entendimento", declarou o presidente da ApexBrasil.
Reação legislativa e cenário internacional
Em uma demonstração de união raramente vista no cenário político brasileiro, o Congresso Nacional avançou com o PL 310/2025, conhecido como "Lei da Reciprocidade". Segundo Viana, esta movimentação representa um "gesto muito importante" que demonstra a capacidade do país de priorizar interesses nacionais acima de conflitos políticos internos.
O cenário internacional também apresenta reações significativas. A União Europeia planeja anunciar contramedidas em 13 de abril, caso as negociações com os EUA fracassem. Simultaneamente, China, Coreia do Sul e Japão já sinalizaram a intenção de estabelecer um acordo de livre comércio trilateral, demonstrando uma reorganização das forças comerciais globais.
Impactos e perspectivas
A ApexBrasil mantém-se vigilante quanto aos possíveis impactos desta medida sobre o comércio exterior brasileiro. Viana ressaltou que o atual enfraquecimento dos organismos multilaterais de comércio, resultado da política isolacionista de Trump, complica ainda mais a resolução de disputas comerciais por vias tradicionais.
"Se o tarifaço de fato for implementado, teremos muito trabalho, inclusive para ampliar a presença do Brasil no comércio internacional", afirmou Viana, sinalizando que a agência já trabalha em estratégias alternativas para minimizar os impactos negativos sobre as exportações brasileiras.
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