Anvisa proíbe café Câmara e suplementos irregulares: Riscos à saúde exigem ação imediata
Fragmentos de vidro em café e falhas graves na produção de suplementos levam à suspensão de produtos populares; consumidores devem evitar uso e denunciar irregularidades
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, na terça-feira (23 de setembro de 2025), medidas rigorosas contra produtos alimentícios e suplementos que representam riscos à saúde pública. Em uma série de resoluções publicadas no Diário Oficial da União, a autarquia determinou a apreensão e proibição de lotes inteiros de café torrado da marca Câmara, além da suspensão de suplementos da Axis Nutrition Indústria e Comércio de Alimentos Ltda. e do Whey Isomix Definition da marca Proteus.
As ações, baseadas em inspeções e análises laboratoriais recentes, destacam a importância da vigilância sanitária em um mercado de bilhões de reais movimentados anualmente no Brasil. A decisão sobre o café da marca Câmara surgiu após uma portaria da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde do estado do Rio de Janeiro confirmar a origem desconhecida do produto. As embalagens indicavam como fabricantes as empresas Sociedade Abast do Com e da Ind de Panif Sacipan S/A e Lam Fonseca Produtos Alimentos Ltda., que, segundo a Anvisa, “não estão regulares” no país.
Um laudo emitido pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen/RJ) agravou a situação ao identificar fragmentos de corpo estranho, semelhantes a vidro, no lote número 160229 do Café Torrado e Moído Extraforte. “Todas as unidades e lotes do café estão proibidos”, reforçou a Anvisa em comunicado oficial. A medida suspende imediatamente a fabricação, comercialização, distribuição, propaganda e uso do Café Torrado e Moído Extraforte e do Tradicional em todo o território nacional.
Especialistas em saúde alimentar consultados por veículos como o G1 alertam que a ingestão de fragmentos como esses pode causar lesões graves no trato digestivo, demandando atenção urgente de consumidores que possam ter adquirido o produto em supermercados ou e-commerces. Até o momento, não há relatos confirmados de incidentes, mas a agência recomenda descartar qualquer unidade e evitar o consumo.
Paralelamente, a Anvisa ordenou o recolhimento de todos os alimentos e suplementos produzidos pela Axis Nutrition Indústria e Comércio de Alimentos Ltda., com sede em São Paulo. Uma inspeção sanitária realizada entre os dias 15 e 17 de setembro revelou “falhas graves nas boas práticas de fabricação de alimentos pela empresa”. Dentre as irregularidades apontadas estão a ausência de responsável técnico legalmente habilitado, problemas no controle de qualidade e segurança da água potável, falta de registros das operações e fluxo de produção cruzado, imprecisão no Programa de Controle de Alergênicos, ausência de rastreabilidade de produtos e matérias-primas, falhas na seleção de insumos e falta de controle de qualidade e estudos de estabilidade dos produtos acabados.
A suspensão abrange a comercialização, distribuição, fabricação, propaganda e uso de todos os itens da empresa, incluindo suplementos proteicos e vitamínicos populares entre praticantes de atividades físicas. O G1 relatou que a Axis Nutrition não respondeu a contatos até a publicação de suas reportagens, o que reforça a preocupação com a transparência no setor. Em 2025, a Anvisa já intensificou fiscalizações, notificando mais de 100 marcas de alimentos e suplementos por irregularidades semelhantes, conforme balanço divulgado pelo Metrópoles.
No caso do suplemento Whey Isomix Definition da marca Proteus, a apreensão de todos os lotes foi motivada por uma denúncia da própria detentora da marca, a Unlimited Alimentos e Suplementos SLU Ltda. A empresa comunicou à Anvisa que “a fabricação do suplemento foi interrompida desde o início de 2024” e que “não possui nenhuma relação com a Nutrimix A. Suplementos SLU”, indicada como fabricante em embalagens encontradas no mercado.
Isso sugere possível falsificação ou produção clandestina, prática recorrente em um setor que faturou R$ 3,5 bilhões em 2024, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad). “Produtos irregulares não oferecem garantia de qualidade, segurança e eficácia, representando sérios riscos à saúde”, alertou a Anvisa. “Por isso, a Anvisa não recomenda a sua utilização. Tais produtos podem ser denunciados à Agência, através da Ouvidoria ou da Central de Atendimento (0800 642 9782)”.
A agência enfatiza que denúncias anônimas são bem-vindas e podem ser feitas via site oficial ou aplicativo, contribuindo para a proteção coletiva.Nas redes sociais, a notícia gerou repercussão imediata. O perfil oficial do G1 no X (antigo Twitter) postou sobre a proibição do café Câmara, acumulando milhares de visualizações e comentários de usuários preocupados com a segurança de produtos cotidianos.
Outros veículos, como o Metrópoles, destacaram a suspensão de suplementos com ingredientes como cúrcuma e chá verde em ações recentes, ampliando o debate sobre a necessidade de maior regulação no mercado de wellness.
Blogs especializados em saúde, como o O Seringal, listaram os itens afetados e incentivaram os leitores a verificarem rótulos, enquanto jornais regionais como o Campo Grande News enfatizaram os perigos dos fragmentos de vidro.
Essas medidas da Anvisa refletem um esforço contínuo para combater a proliferação de produtos falsificados e mal produzidos, especialmente em um ano marcado por denúncias crescentes de contaminação e propaganda enganosa. Consumidores são orientados a priorizar marcas registradas e a consultar o site da agência para listas atualizadas de itens suspensos.
O que você acha dessas proibições? Já comprou algum desses produtos? Comente abaixo sua opinião e compartilhe este artigo para alertar amigos e familiares sobre os riscos. Sua participação ajuda a construir um debate mais consciente sobre saúde e consumo!
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