Ambipar em xeque: Credores miram ação nos EUA para intensificar pressão financeira
Dívidas bilionárias e queda de 90% nas ações colocam a gigante ambiental brasileira em rota de colisão judicial transfronteiriça – o que isso significa para o mercado?
A Ambipar Participações e Empreendimentos S.A., empresa brasileira especializada em gestão ambiental e listada na Bolsa de Nova York (NYSE) desde 2023, enfrenta uma das maiores crises financeiras de sua história. Com dívidas estimadas entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões, a companhia obteve uma liminar temporária na Justiça do Rio de Janeiro para proteger-se de credores, mas agora o cenário se complica com movimentos de bancos e detentores de títulos que estudam acionar a empresa nos Estados Unidos, onde as regras de falência e recuperação são notoriamente mais rigorosas.
A turbulência começou em setembro de 2025, quando a Ambipar, controlada pelo empresário Tércio Borlenghi Junior, recorreu à 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro para evitar o colapso financeiro. A liminar, concedida inicialmente por 30 dias e prorrogável por igual período, suspendeu cobranças aceleradas de dívidas desencadeadas por um litígio com o Deutsche Bank, que exigiu garantias adicionais em um empréstimo de US$ 35 milhões. Segundo a petição judicial, essas exigências poderiam ativar um “cross default”, acelerando o vencimento de até R$ 10 bilhões em obrigações, ameaçando a continuidade de suas 280 empresas do grupo.
As ações da Ambipar (AMBP3), negociadas na B3, despencaram mais de 90% no último mês, atingindo mínimas históricas abaixo de R$ 1. O CEO Tércio Borlenghi inclusive perdeu parte de sua fatia acionária após a venda de garantias para cobrir dívidas, em meio a alegações de irregularidades em fundos de investimento (FIDC) usados como caixa da companhia. O ex-CFO da empresa contestou judicialmente essas acusações, defendendo que não há ocultação de bens ou fraudes contra credores.
Diante da proximidade do vencimento da liminar – que expira em meados de outubro –, fontes próximas às negociações revelam que a Ambipar finaliza um pedido de recuperação judicial (RJ) para esta próxima semana, possivelmente na Justiça fluminense. No entanto, um grupo de bancos credores, incluindo Bradesco, Banco do Brasil, Santander, Itaú e Sumitomo Mitsui, resiste veementemente a essa escolha. Eles argumentam que São Paulo, sede do conselho de administração e principal polo de receitas da empresa, seria o foro mais adequado, e já contestaram a liminar no Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
O que eleva a tensão é a estratégia transnacional dos credores. Como a Ambipar é listada na NYSE sob o ticker “AMBP”, bondholders – detentores de “green bonds” emitidos pela subsidiária luxemburguesa Ambipar Lux, no valor de US$ 400 milhões – contrataram o banco de investimentos Houlihan Lokey como consultor financeiro para coordenar ações. Além disso, bancos estudam ingressar com processos nos EUA, aproveitando o Chapter 11 da lei de falências americana, que permite reestruturações mais agressivas e transparentes. “O jogo costuma ser mais pesado” por lá, como destacado em colunas especializadas, onde credores podem forçar vendas de ativos e auditorias rigorosas, contrastando com a Lei de Recuperação Judicial brasileira (Lei 11.101/2005).
A companhia, que atua em mais de 40 países com serviços de resposta a emergências ambientais e preservação de flora e fauna, reportou R$ 4,7 bilhões em caixa, mas apenas R$ 430 milhões foram localizados imediatamente, alimentando desconfianças sobre a liquidez real. Agências de rating como a Fitch alertam para uma possível reclassificação para “default restrito” (RD) ou até “D” em caso de RJ formal. A Ambipar rebateu as contestações dos bancos em petição recente, defendendo que “o risco é iminente e concreto” e que a proteção judicial é essencial para negociações viáveis com credores.
Nas redes sociais, o caso ganhou tração entre investidores e analistas. Perfis como @ovitorinvestido e @pedroaccorsi discutem o impacto em ativos relacionados, como a parceria com a Ferrari para descarbonização até 2030, enquanto @VEJA destacou a tentativa da empresa de mudar seu endereço fiscal para o Rio, o que preocupou ainda mais os credores. O buzz no X (antigo Twitter) reflete a perda de confiança: “Fim da linha?”, questionam usuários, ecoando quedas diárias de até 61% nas ações.
Especialistas veem o episódio como um alerta para o setor ambiental brasileiro, que depende de alavancagem alta para expansão. Competidores e fundos de private equity já posicionam-se para arrematar ativos subvalorizados, como divisões de gestão de resíduos. A Ambipar, por sua vez, contratou o banco BR Partners para assessoria em reestruturação, após romper com a Seneca Evercore, sinalizando buscas por uma solução negociada.
Chamada para ação: O que você acha dessa crise na Ambipar? Ela sobrevive à pressão dos credores ou vira case de falência corporativa? Comente abaixo e compartilhe este artigo para debatermos o futuro do setor ambiental no Brasil!
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